PENSAMENTO ÚNICO NO GLOBO
Depois que a ditadura militar conseguiu inviabilizar o Correio da Manhã, Diário de Notícias e o independente Jornal do Brasil, impera o Sistema Globo de Comunicação, uma extensão da geopolítica americana, poderosa sucursal da informação que tenta fazer a cabeça dos brasileiros, com a missão de travar a evolução do pensamento de esquerda que emergiu no movimento sindical e que agora se fortalece com o governo Lula.
Como, passado o período da guerra fria, já não cabe mais a crítica maniqueísta de esquerda-comunista e direita-democrata, a ordem, então, é não dar espaço e fustigar o tempo todo o governo e sua candidata, que, numa eventual vitória, poderá estabelecer uma base política e econômica tão forte que dificilmente os herdeiros da política do café-com-leite conseguirão voltar ao poder.
Falar que a candidata Dilma está em tratamento de câncer já não produz mais o efeito esperado, por isso é preciso colocar sempre em evidência o caso dos mensaleiros e agora, explorar à exaustão em muitas páginas e na televisão, a quebra do sigilo fiscal e o inaceitável tráfico de influência da família da ex-ministra Erenice Guerra através da Casa Civil, com o propósito de sugar dinheiro no meio empresarial.
É com essa “nobre tarefa” que a direção da Globo, paradoxalmente exaltando a liberdade de imprensa, exige fidelidade total aos seus jornalistas, repórteres, colunistas especiais e até de colaboradores, intelectuais de refinado saber que, se não atacam frontalmente a candidata pelo menos escapolem como podem com assuntos sem nenhuma implicação com o momento, caso de Veríssimo e Zuenir Ventura. Até o gozador Jorge Bastos Moreno, em sua coluna Nhenhenhém, de Brasília, já nem pode brincar mais dizendo que Dilma Rousseff é sua candidata. Prevalece o pensamento único nessa questão político-eleitoral.
As matérias sobre avanços econômicos e conquista sociais sempre apresentam senões e se há alguma virtude a exaltar ela é decorrente das bases montadas pelo governo FHC. Nas relações internacionais, focadas no espírito de cooperação e, portanto, marcando posição independente contrária à fustigação com ameaças bélicas, O Globo prefere ficar afinado com a velhíssima diplomacia Americana implantada pelo presidente Theodore Roosevelt no início do século XX - a do big stick - o grande porrete, corolário da Doutrina Monroe, que justificava a intervenção em qualquer país para garantir seus interesses. Como se vê, é essa diplomacia que ainda prevalece, do fale com suavidade e tenha à mão um grande porrete, ou seja, o poder de retaliar está disponível, caso seja necessário. Mas para esse jornal a nossa diplomacia é terceiromundista, uma diplomacia do B, por ser contra esse poder hegemônico centrado na ameaça das armas, que ameaça invadir países em desenvolvimento que não se dobram e desejam desenvolver energia nuclear, como o Irã e até mesmo o Brasil.
É em defesa desse capitalismo que O Globo se coloca para criticar o que chama de perigo de uma “República patrimonialista sindical”, de uma esquerda socializante inquietante, que levou o então presidente da Fiesp, Mário Amato, a ameaçar: -“Se Lula ganhar a eleição, no dia seguinte 700 mil empresários sairão do Brasil”. Mas bem antes dele, a lucidez de um Mário Henrique Simonsen chegou a dizer ao ditador Ernesto Geisel em 1974, ao ser conviodado para o Ministério dsa Fazenda e apontar razões da crise econômica: -“Se o senhor quiser moralizar o mercado de capitais, tem que transformar aquele pedaço da Praça 15 em presídio”.
E é bom lembrar que nossa história foi marcada até aqui pelo cartorialismo (grilagem), nepotismo, paroquialismo, fisiologismo, coronelismo, autoristarismo, neoliberalismo e outros ranços. Aos trancos e barrancos estamos começando um novo tempo. Que a elite continue visitando suas catedrais de consumismo extravangante e deixe o povão saber o que é mercado.
Como, passado o período da guerra fria, já não cabe mais a crítica maniqueísta de esquerda-comunista e direita-democrata, a ordem, então, é não dar espaço e fustigar o tempo todo o governo e sua candidata, que, numa eventual vitória, poderá estabelecer uma base política e econômica tão forte que dificilmente os herdeiros da política do café-com-leite conseguirão voltar ao poder.
Falar que a candidata Dilma está em tratamento de câncer já não produz mais o efeito esperado, por isso é preciso colocar sempre em evidência o caso dos mensaleiros e agora, explorar à exaustão em muitas páginas e na televisão, a quebra do sigilo fiscal e o inaceitável tráfico de influência da família da ex-ministra Erenice Guerra através da Casa Civil, com o propósito de sugar dinheiro no meio empresarial.
É com essa “nobre tarefa” que a direção da Globo, paradoxalmente exaltando a liberdade de imprensa, exige fidelidade total aos seus jornalistas, repórteres, colunistas especiais e até de colaboradores, intelectuais de refinado saber que, se não atacam frontalmente a candidata pelo menos escapolem como podem com assuntos sem nenhuma implicação com o momento, caso de Veríssimo e Zuenir Ventura. Até o gozador Jorge Bastos Moreno, em sua coluna Nhenhenhém, de Brasília, já nem pode brincar mais dizendo que Dilma Rousseff é sua candidata. Prevalece o pensamento único nessa questão político-eleitoral.
As matérias sobre avanços econômicos e conquista sociais sempre apresentam senões e se há alguma virtude a exaltar ela é decorrente das bases montadas pelo governo FHC. Nas relações internacionais, focadas no espírito de cooperação e, portanto, marcando posição independente contrária à fustigação com ameaças bélicas, O Globo prefere ficar afinado com a velhíssima diplomacia Americana implantada pelo presidente Theodore Roosevelt no início do século XX - a do big stick - o grande porrete, corolário da Doutrina Monroe, que justificava a intervenção em qualquer país para garantir seus interesses. Como se vê, é essa diplomacia que ainda prevalece, do fale com suavidade e tenha à mão um grande porrete, ou seja, o poder de retaliar está disponível, caso seja necessário. Mas para esse jornal a nossa diplomacia é terceiromundista, uma diplomacia do B, por ser contra esse poder hegemônico centrado na ameaça das armas, que ameaça invadir países em desenvolvimento que não se dobram e desejam desenvolver energia nuclear, como o Irã e até mesmo o Brasil.
É em defesa desse capitalismo que O Globo se coloca para criticar o que chama de perigo de uma “República patrimonialista sindical”, de uma esquerda socializante inquietante, que levou o então presidente da Fiesp, Mário Amato, a ameaçar: -“Se Lula ganhar a eleição, no dia seguinte 700 mil empresários sairão do Brasil”. Mas bem antes dele, a lucidez de um Mário Henrique Simonsen chegou a dizer ao ditador Ernesto Geisel em 1974, ao ser conviodado para o Ministério dsa Fazenda e apontar razões da crise econômica: -“Se o senhor quiser moralizar o mercado de capitais, tem que transformar aquele pedaço da Praça 15 em presídio”.
E é bom lembrar que nossa história foi marcada até aqui pelo cartorialismo (grilagem), nepotismo, paroquialismo, fisiologismo, coronelismo, autoristarismo, neoliberalismo e outros ranços. Aos trancos e barrancos estamos começando um novo tempo. Que a elite continue visitando suas catedrais de consumismo extravangante e deixe o povão saber o que é mercado.
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