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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

EM TEMPO

CÂMARA CONTRA PLANO DIRETOR
Por unanimidade, a Câmara Municipal de Macaé aprovou novo Código de Urbanismo, contrariando, em alguns itens, diretrizes estabelecidas pelo Plano Diretor para melhoria da infra-estrutura da cidade. Equipe técnica da Prefeitura estudou por meses novas melhorias urbanísticas com a implantação desse código, como a redução do gabarito das edificações e o sério problema do adensamento em áreas nobres, corrigindo alterações introduzidas na Lei de Zoneamento n° 1.959/99 pelo governo Sylvio Lopes, passando de três para seis andares o gabarito dos edifícios na orla dos Cavaleiros, sem se preocupar com a falta de rede sanitária e de uma estação de tratamento de esgoto.


CÂMARA CONTRA II: Lamentavelmente, em última hora, um vereador apresentou indicação voltando ao que o ex-prefeito Sylvio havia conseguido junto à Câmara para atender a especulação imobiliária e, mais grave, incluindo dois itens que expandem a área de interesse. Um deles diz que “na área compreendida entre a Av. Atlântica e a Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), entre o Trevo da Praia Campista e o final do Loteamento Morada das Garças, inclusive, não será aplicado o coeficiente de aproveitamento, sendo o gabarito máximo de altura igual a 20m, contado a partir do nível do eixo da via. Já na Ilha da Caieira e no Loteamento Mirante da Lagoa, onde só há casas de um a dois pavimentos, o gabarito eleva para três.

CÂMARA CONTRA II: O Plano Diretor, recentemente também aprovado pela Câmara, estabeleceu diretrizes para o macrozoneamento da cidade. Uma delas visa limitar o adensamento vertical na orla, estabelecendo parâmetros que garantam a ventilação entre as edificações, especialmente nos terrenos de frente para a praia.Como se vê, entre a melhor qualidade de vida e a estética da cidade a Câmara achou melhor atender a especulação imobiliária. Espera-se que o prefeito Riverton Mussi Ramos, sendo macaense da gema, sancione o novo código vetando as duas suspeitas indicações.

DELFIM NETTO: Chamado de o “czar” da economia pelo poder que exercia nos tempos ditatoriais e que um dia chegou a dizer seria preciso esperar o bolo crescer para depois distribuir, hoje, sem nenhum medo da direita empedernida, afirma com convicção: -“O Lula mudou o país de forma a salvar o capitalismo”.

DELFIM NETTO II: Foi mais longe em sua análise, para horror dos seguidores da ideia minimalista de Roberto Campos: -“Criou-se a mitologia de que o mercado era perfeito, resolveria sozinho qualquer problema. O mercado precisa de regras. Não há mercado sem Estado forte, justamente para garantir seu funcionamento”.

DELFIM NETTYO III: E para ridicularizar a soberba dos economistas e das organizações que tudo sabem e se arvoram a ditar regras, cita a postura do então “mandarim” da economia americana, Alan Greenspan: -“Ele dissec que não entendia o que estava acontecendo. Meu Deus, ele era o Fed (Banco Federal). Por definição, era o repositório de todo o conhecimento econômico dos últimos 250 anos”.

DELFIM NETTO IV: E para encerrar, sobre o mérito do presidente Lula, um ex-metalúrgico que faria milhares de empresários irem embora do país se eleito fosse,, segundo Amaro Amato, então presidente da Fisp: -“O Lula foi o primeiro economista a dizer que, se todos procurassem por liquidez, morreríamos por excesso de liquidez. Os economistas mais sofisticados ironizaram isso. O que ele queria dizer era que o pânico não era parte da solução, mas o problema”.

CONTRADIÇÕES RACIALISTAS: A raiz do problema da desigualdade em nossa sociedade não está na questão racial, mas na falta de oportunidade de ascensão social para todos, que se dá através de ensino de qualidade, de moradias dignas e saúde. Mas algumas correntes do PT e ONGs pensam diferente, como o deputado Vicentinho, que incorpora no Estatuto da Igualdade Racial equivocadas idéias, como a de oficializar um “hino aos negros” e a estabelecer cotas para atores negros em TV, cinema e peças de marketing.

ELEIÇÃO NO PT: Cogitam-se mudanças na liderança do diretório do PT em Macaé. O jovem professor Carlos Augusto (Guto), filho da vice-prefeita Marilena Garcia, é o nome que está sendo articulado par a presidi-lo. Base intelectual e visão não lhe faltam. Resta saber se tem flexibilidade para o embate dialético.

A HISTÓRIA SE REPETE: Como, segundo Marx, a História só se repete como tragédia ou como farsa, as administrações públicas, federal, estaduais e municipais precisam agir em relação ao sério problema migratório, uma terrível herança da ditadura, que derrubou Goulart e a Lei da Reforma Agrária, que manteria o homem no campo.

A HISTÓRTIA SE REPETE: Na antiga Roma, a escravidão (decorrente das conquistas) gerou muito desemprego na zona rural e os camponeses foram obrigados a migrar para a periferia das cidades em busca de melhor condição de vida, acabando por gerar graves problemas sociais. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados (a voz rouca das ruas), o Imperador criou a política do “Pão e Circo”. Abriu acesso ao Coliseu para o povo assistir a feroz luta dos gladiadores e ali também distribuir alimento.

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