COLOMBIA – CABEÇA DE PONTE DO MILITARISMO AMERICANO
Tão logo esmagado o diabólico poder nazista, o mundo entrou em novo estado de tensão, passou a viver sob o dualismo ideológico, a bipolaridade geopolítica, os Estados Unidos, arautos das liberdades democráticas, profundamente preocupados com a expansão do comunismo pela então União Soviética. E como o sangue nas veias da América Latina começou a esquentar com as lutas contra as injustiças sociais do capitalismo selvagem, os americanos trataram logo estabelecer sua hegemonia através de governos militares golpistas, investindo pesados recursos em todos os meios e formas de propaganda para seduzir e dominar a mente daqueles que acreditavam na utopia do paraíso da igualdade social, no sonho de que um dia o proletariado chegaria ao céu.
Com o poder do dólar, a ideia de democracia e o sentimento de culpa subliminarmente incutido pela mística religiosa baseada nos dogmas do catolicismo português e espanhol no Cone Sul, ficou mais fácil seduzir as forças armadas e anestesiar a burguesia. Sob a mística do “Deus, Pátria, Família e Liberdade”, o golpe militar de 64, quando o governo João Goulart ousa assinar a lei da reforma agrária contra o latifúndio da antiga política do “café-com-leite”, é reflexo do que havia como substrato do que os americanos chamam de democracia, evidenciado mais à frente quando o então embaixador Lincoln Gordon, questionado pela imprensa nacionalista, chegou a escancarar que “os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses”. Assim como servilmente disse Juracy Magalhães, em inglês traduzido pelo fotógrafo Armando Rozário, que lá estava a serviço do Jornal do Brasil, em jantar comemorando a vitória do golpe: -“O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”.
Pois bem, os tempos mudaram, a União Soviética, depois de 70 anos, se desfaz, o decantado neoliberalismo provoca depressão econômica nos países desenvolvidos e agora que os emergentes se tornam mais independentes e se impõem, volta a velha política americana do big stick, do poder pelas armas, porque a velha retórica do mercado livre e das liberdades democráticas já não convencem.
Pensando seriamente nas reservas de petróleo/gás e nos oleodutos, os americanos massacraram o Iraque e estão também no Afeganistão. Antes, encheram Saddam Hussein de dólares e armas, incentivando-o à guerra contra os aiatolás do Irã. No Afeganistão, apoiaram os talibãs na luta contra os russos. Tomaram o lugar e agora combatem os talibãs, apoiando segmento corrupto que detém apenas 1/3 do poder. Como aconteceu no Vietnam, vão ter que sair, um dia, com o rabo entre as pernas, apesar de seu poder de suas sofisticadas e poderosas armas.
Quanto a nós, sul-americanos, o poder dogmático da Igreja, usado pela direita para nos tornar passivos e obedientes, também já não tem politicamente mais eficácia. E como a Venezuela tem muito petróleo e um presidente socialista, sem papas na língua, os americanos, mais do que de pressa, seduziram com seus dólares o presidente Álvaro Uribe e já estão fazendo de sua Colômbia uma cabeça de ponte, sob a hipócrita missão humanitária e de combate ao narcotráfico. Em Honduras, antigo parceiro no combate à libertação da Nicarágua, certamente a CIA está por trás da deposição de Zelada, seguidor das idéias de Hugo Chávez e do equatoriano Rafael Correa.
Em relação ao Brasil, os Estados Unidos estão por perto, em vigília com sua poderosa IV Frota, atentos à exploração da promissora reserva de óleo na camada pós-sal. Assim, em se tratando de futuro, é muito bom também o país ficar de olho em suas fronteiras, pois a Amazônia é uma cobiça mundial.
Então, faz bem o presidente Lula resistir à oposição neoliberal na luta pela criação de uma estatal para controlar as novas reservas de petróleo e se esforçar para a consolidação da Unasul, a União das Nações Sul-Americanas, porque acima e por trás de Barack Obama existe a política de estado, o sistema americano e a Cia que, como disse o ex-embaixador Lincoln Gordon logo após o golpe militar de 64, os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses a conquistar e preservar.
Com o poder do dólar, a ideia de democracia e o sentimento de culpa subliminarmente incutido pela mística religiosa baseada nos dogmas do catolicismo português e espanhol no Cone Sul, ficou mais fácil seduzir as forças armadas e anestesiar a burguesia. Sob a mística do “Deus, Pátria, Família e Liberdade”, o golpe militar de 64, quando o governo João Goulart ousa assinar a lei da reforma agrária contra o latifúndio da antiga política do “café-com-leite”, é reflexo do que havia como substrato do que os americanos chamam de democracia, evidenciado mais à frente quando o então embaixador Lincoln Gordon, questionado pela imprensa nacionalista, chegou a escancarar que “os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses”. Assim como servilmente disse Juracy Magalhães, em inglês traduzido pelo fotógrafo Armando Rozário, que lá estava a serviço do Jornal do Brasil, em jantar comemorando a vitória do golpe: -“O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”.
Pois bem, os tempos mudaram, a União Soviética, depois de 70 anos, se desfaz, o decantado neoliberalismo provoca depressão econômica nos países desenvolvidos e agora que os emergentes se tornam mais independentes e se impõem, volta a velha política americana do big stick, do poder pelas armas, porque a velha retórica do mercado livre e das liberdades democráticas já não convencem.
Pensando seriamente nas reservas de petróleo/gás e nos oleodutos, os americanos massacraram o Iraque e estão também no Afeganistão. Antes, encheram Saddam Hussein de dólares e armas, incentivando-o à guerra contra os aiatolás do Irã. No Afeganistão, apoiaram os talibãs na luta contra os russos. Tomaram o lugar e agora combatem os talibãs, apoiando segmento corrupto que detém apenas 1/3 do poder. Como aconteceu no Vietnam, vão ter que sair, um dia, com o rabo entre as pernas, apesar de seu poder de suas sofisticadas e poderosas armas.
Quanto a nós, sul-americanos, o poder dogmático da Igreja, usado pela direita para nos tornar passivos e obedientes, também já não tem politicamente mais eficácia. E como a Venezuela tem muito petróleo e um presidente socialista, sem papas na língua, os americanos, mais do que de pressa, seduziram com seus dólares o presidente Álvaro Uribe e já estão fazendo de sua Colômbia uma cabeça de ponte, sob a hipócrita missão humanitária e de combate ao narcotráfico. Em Honduras, antigo parceiro no combate à libertação da Nicarágua, certamente a CIA está por trás da deposição de Zelada, seguidor das idéias de Hugo Chávez e do equatoriano Rafael Correa.
Em relação ao Brasil, os Estados Unidos estão por perto, em vigília com sua poderosa IV Frota, atentos à exploração da promissora reserva de óleo na camada pós-sal. Assim, em se tratando de futuro, é muito bom também o país ficar de olho em suas fronteiras, pois a Amazônia é uma cobiça mundial.
Então, faz bem o presidente Lula resistir à oposição neoliberal na luta pela criação de uma estatal para controlar as novas reservas de petróleo e se esforçar para a consolidação da Unasul, a União das Nações Sul-Americanas, porque acima e por trás de Barack Obama existe a política de estado, o sistema americano e a Cia que, como disse o ex-embaixador Lincoln Gordon logo após o golpe militar de 64, os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses a conquistar e preservar.
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