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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O PETRÓLEO CONTINUA NOSSO

Para os defensores do estado mínimo e do mercado totalmente livre, discípulos apaixonados por Roberto Campos, o Brasil deveria ter suas portas abertas, sem nenhuma restrição ao capital estrangeiro, apesar dos subsídios que dificultam, por exemplo, a entrada de nossos produtos nos Estados Unidos. À luz dos princípios ditados por Adam Smith, são mais ousados, pois tratam o mercado como uma entidade mística, afirmando que fora dele não há salvação. Pior do que Edir Macedo da Universal, agem como fundamentalistas mulçumanos, querendo que todos dobrem os joelhos e passem a cultuá-lo como a solução para o mundo.

Ao criticarem Lula pelo seu empenho em criar uma empresa sob o controle estatal para exploração da imensa riqueza do petróleo na camada pré-sal, dizem, com a empáfia capitalista de inveterados jogadores no mundo financeiro, que o mercado de ações reagiu mal, citando queda das ações na bolsa. Enquanto o presidente Lula aguça sua visão, pensando no futuro, que os próximos governos possam extrair dessa riqueza finita recursos extraordinários para combater a pobreza, investindo na educação, na saúde e na geração de empregos, seus adversários exaltam o mercado financeiro e tudo fazem para que o país abra as porteiras para multinacionais, como Fernando Henrique fez com a flexibilização da Petrobras.

Tentam, com o apoio dos jornalões, associar a imagem do Brasil à de países corruptos e com regime político autoritário, que adotaram o sistema de partilha de exploração do petróleo, como quer o nosso governo. Com os refletores de sua cabeça brilhando, Lula acompanhou os passos dos prefeitos que receberam bilhões de recursos dos royalties por muitos anos e deixaram seus municípios sem sistema de tratamento de esgoto, com elevado custeio administrativo por interesse populista e não souberam controlar as invasões e o meio ambiente. Eis a razão pela qual quer que o governo federal tenha controle sobre isso.

Só como exemplo de administrações municipais que não souberam usar os recursos públicos, fica aqui o exemplo de Macaé. Nos 12 anos da administração Sylvio Lopes (PSDB), períodos 1989-1992 e 1997-2004, entraram nos cofres da prefeitura em valores atualizados, cerca de R$ 2 bilhões em royalties, mas a cidade não tem, até hoje, uma estação de tratamento de esgoto, que está sendo providenciada pelo atual governo. Além disso, o sério problema ambiental e social de milhares de família morando em manguezais que foram degradados por omissão municipal ficou também como pesada herança para o governo Riverton (PMDB).

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