QUEREM SALGAR A POLÊMICA DO PRÉ-SAL
A insistente e contundente postura da oposição a tudo que o governo Lula faz e agora na polêmica do pré-sal coloca-a na seguinte situação: ter que decidir de que lado está – do Brasil ou das multinacionais. Na essência, a questão é essa, crua e nua, que os neoliberais tentam adornar com sofismas que aparentam seriedade e profundo respeito aos princípios que regem a competitividade num mercado com ampla liberdade, sem a tutela do Estado, como propôs Addam Smith.
Desses que defendem livre mercado não se ouve nenhuma pronunciamento crítico no Congresso em relação aos bilhões de reais que o país perde por causa das sobretaxas e dos subsídios que o governo americano impõe aos nossos produtos. O caso do algodão está aí. O governo brasileiro tentou várias formas de negociação em defesa da indústria nacional, mas os Estados Unidos não cederam. Foi obrigado a recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), que lhe garantiu o direito de retaliação. Onde estão os deputados e senadores que apregoam a liberdade de negócio e a competitividade? Certamente não se lembram mais do que disse o diplomata americano Linconl Gordon na década de 60, quando questionado pela esquerda brasileira: - Os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses.
Pois é, o presidente Lula tem também interesses a preservar para o futuro de nossas gerações, que o capitalismo não vai conseguir atender se não houver um Estado forte para proteger suas riquezas e atenuar perversa “mais valia”, como bem explicou Marx em sua excelente obra “O Capital”. E a crise que aí está, a segunda depois da de 1929, foi justamente pelo excesso de liberdade, contrariando o que dizia o notável discípulo de Addam Smith, Roberto Campos: “o mercado se ajusta, se arruma sozinho”. E Paul Krugman, Nobel em economia, se pergunta: Como os economistas erraram tanto? E afirma: Nem os defensores do livre mercado previram a crise. Chegando a concluir que agora: Eles têm de admitir - e isso será difícil para quem ria de Keynes – que a teoria keynesiana é a melhor que temos para compreender recessões e depressões.
E o ex-metalúrgico presidente mostrou mais competência nisso do que o famigerado acadêmico Fernando Henrique e seus seguidores. Deixou o país tão bem blindado que a crise não fez um estrago tão profundo e extenso quanto nos países desenvolvidos, a ponto de ainda poder conceder apoio financeiro ao perplexo mercado privado, como bancos, indústrias, empresas e agricultores, sendo um dos primeiros países a começar a sair da crise.
Pois bem, diante das imensas reservas do pré-sal descobertas não seria hora dessa obtusa oposição elogiar a Petrobras por esse espetacular feito, deixar as firulas eleitorais de lado e se apressar para analisar e aprovar um novo marco regulatório, como quer o governo? O país tem pressa e essa riqueza não deve ser uma commodity para enriquecer multinacionais com matriz estrangeira. Mas parece que deputados e senadores da oposição pensam diferente e acham mais produtivo perder tempo em discussões inócuas sobre eles mesmos e suas falcatruas, em nome da ética. Acham que 90 dias é pouco tempo para definir se devemos dividir essa riqueza com os outros ou se convém dispor dela para o desenvolvimento de nossa economia. E ficam colunistas e economistas “palpiteiros”, como diz Lula, preocupados com jogadores da Bolsa de Valores, com pequenos acionistas da Petrobras e com investidores estrangeiros.
No modelo de concessão, como é hoje, a União fica apenas com 32,2% do petróleo extraído, o restante vai para o mercado privado. Eis a razão pela qual o governo pretende definir o modelo de partilha, mais vantajoso para o Brasil. Os que defendem o Estado mínimo acham isso uma heresia no livre mercado. E usam argumentos risíveis como: 1 – A Petrobras terá peso excessivo nas negociações; 2 – Se um fornecedor se desentender com a estatal terá de sair do país, porque a empresa concentrará as encomendas, segundo diz Marco Tavares, sócio da Gas Energy; 3 – Em teoria, o privilégio à Petrobras tem um viés de ineficiência, já que aniquila a competição; 4 – As grandes operadoras mundiais poderão se desinteressar do Brasil, uma vez que estarão afastadas das decisões técnicas.
Bem, vamos ver até onde vai o patriotismo dessa gente, que fica arrepiada só de ouvir falar em nacionalismo, sentimento que os Estados Unidos têm entranhado em tudo que fazem, principalmente quando em defesa de seus negócios.
Desses que defendem livre mercado não se ouve nenhuma pronunciamento crítico no Congresso em relação aos bilhões de reais que o país perde por causa das sobretaxas e dos subsídios que o governo americano impõe aos nossos produtos. O caso do algodão está aí. O governo brasileiro tentou várias formas de negociação em defesa da indústria nacional, mas os Estados Unidos não cederam. Foi obrigado a recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), que lhe garantiu o direito de retaliação. Onde estão os deputados e senadores que apregoam a liberdade de negócio e a competitividade? Certamente não se lembram mais do que disse o diplomata americano Linconl Gordon na década de 60, quando questionado pela esquerda brasileira: - Os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses.
Pois é, o presidente Lula tem também interesses a preservar para o futuro de nossas gerações, que o capitalismo não vai conseguir atender se não houver um Estado forte para proteger suas riquezas e atenuar perversa “mais valia”, como bem explicou Marx em sua excelente obra “O Capital”. E a crise que aí está, a segunda depois da de 1929, foi justamente pelo excesso de liberdade, contrariando o que dizia o notável discípulo de Addam Smith, Roberto Campos: “o mercado se ajusta, se arruma sozinho”. E Paul Krugman, Nobel em economia, se pergunta: Como os economistas erraram tanto? E afirma: Nem os defensores do livre mercado previram a crise. Chegando a concluir que agora: Eles têm de admitir - e isso será difícil para quem ria de Keynes – que a teoria keynesiana é a melhor que temos para compreender recessões e depressões.
E o ex-metalúrgico presidente mostrou mais competência nisso do que o famigerado acadêmico Fernando Henrique e seus seguidores. Deixou o país tão bem blindado que a crise não fez um estrago tão profundo e extenso quanto nos países desenvolvidos, a ponto de ainda poder conceder apoio financeiro ao perplexo mercado privado, como bancos, indústrias, empresas e agricultores, sendo um dos primeiros países a começar a sair da crise.
Pois bem, diante das imensas reservas do pré-sal descobertas não seria hora dessa obtusa oposição elogiar a Petrobras por esse espetacular feito, deixar as firulas eleitorais de lado e se apressar para analisar e aprovar um novo marco regulatório, como quer o governo? O país tem pressa e essa riqueza não deve ser uma commodity para enriquecer multinacionais com matriz estrangeira. Mas parece que deputados e senadores da oposição pensam diferente e acham mais produtivo perder tempo em discussões inócuas sobre eles mesmos e suas falcatruas, em nome da ética. Acham que 90 dias é pouco tempo para definir se devemos dividir essa riqueza com os outros ou se convém dispor dela para o desenvolvimento de nossa economia. E ficam colunistas e economistas “palpiteiros”, como diz Lula, preocupados com jogadores da Bolsa de Valores, com pequenos acionistas da Petrobras e com investidores estrangeiros.
No modelo de concessão, como é hoje, a União fica apenas com 32,2% do petróleo extraído, o restante vai para o mercado privado. Eis a razão pela qual o governo pretende definir o modelo de partilha, mais vantajoso para o Brasil. Os que defendem o Estado mínimo acham isso uma heresia no livre mercado. E usam argumentos risíveis como: 1 – A Petrobras terá peso excessivo nas negociações; 2 – Se um fornecedor se desentender com a estatal terá de sair do país, porque a empresa concentrará as encomendas, segundo diz Marco Tavares, sócio da Gas Energy; 3 – Em teoria, o privilégio à Petrobras tem um viés de ineficiência, já que aniquila a competição; 4 – As grandes operadoras mundiais poderão se desinteressar do Brasil, uma vez que estarão afastadas das decisões técnicas.
Bem, vamos ver até onde vai o patriotismo dessa gente, que fica arrepiada só de ouvir falar em nacionalismo, sentimento que os Estados Unidos têm entranhado em tudo que fazem, principalmente quando em defesa de seus negócios.
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