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sábado, 6 de novembro de 2010

Misto Quente

A VERGONHA EXPOSTA: Sempre questionei aqui a parcialidade e a incoerência do jornal Globo ao se colocar a serviço da oposição. Achava estranhíssimo ver, além do seu corpo de jornalistas, intelectuais, cientistas políticos, analistas econômicos e colaboradores centrados num só objetivo: falar mal do governo e provocar desconfiança em relação à candidata Dilma Rousseff. Serra era o virtuoso, Dilma a dúvida e a inexperiente. Alguns amigos acharam exagero meu.

A VERGONHA EXPOSTA II: Eis que a vergonha se expôs pela própria crítica publicada na véspera do 2º turno. Defensora ardente da liberdade de expressão, sem nenhum pudor, ainda que de forma capenga, teve que rever sua postura na própria casa, publicando no dia 29/10: - “Nestas eleições, pela primeira vez, o estatuto interno do Globo liberou os colunistas a declarar o voto e tomar posição no embate entre os candidatos - para os jornalistas de Redação, no entanto, continua proibido.

A VERGONHA EXPOSTA III: O colunista Veríssimo, respirou aliviadíssimo e, com seu alvará de soltura, abriu o voto em favor de Dilma. Já os outros, como Zuenir Ventura, Caetano Veloso, Cora Rónai e Cacá Diegues buscaram a neutralidade. Figuras como Ricardo Noblat, Roberto DaMatta, o raivoso espumante Arnaldo Jabor e Nelson Motta optaram por Serra. Já Merval Pereira e Míriam Leitão são casos perdidos, pertencem ao quadro dos tarefeiros. O Globo paga muito bem a quem segue seu estatuto. Afinal, liberdade de expressão tem limite e depende de alguns princípios capitalistas, segundo o famigerado jornal.

VOTOS E PRECONCEITO: Muitos eleitores frustrados da oposição extravasaram seu ódio e preconeito em microblogs contra o povo nordestino, acusando-os de responsáveis pela eleição de Dilma. Só que entre os dezesseis estados em que saiu vitoriosa, Dilma venceu Serra também em Minas Gerais com uma diferença de 16,90%, no Rio de Janeiro de 20,96% e no Distrito Federal de 5,62%.

BARACK ABATIDO: Os conservadores americanos esperaram a hora do bote, depois do recolhimento diante da pressão popular que forçou a eleição de Barck Obama, que agora chamam de mulçumano e marxista. É o que faltava para tomar fôlego e estimular o eleitorado insatisfeito com o curso da economia que não conseguiu ainda sair do atoleiro que o ex-presidente George Bush lhe deixou como herança.

BARACK OBAMA II: Além da pecha de mulçumano e marxista, o fato de ser negro foi demais para os conservadores brancos, que fingem para o mundo não tolerar o preconceito racial. Isso e mais a brutal queda do poder de consumo numa sociedade altamente capitalista deixam o americano muito irritado. Sem maioria no Congresso, Obama e os democratas caminham para uma derrota em 2012. Já por aqui, a presidente Dilma tem a Câmara a seu favor, pelo menos numericamente. Resta saber como os deputados e senadores irão se comportar.

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