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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

EM TEMPO

DO CONTRA: João Carlos de Luca se fez na Petrobras e por ela muito lutou, mas após ser atraído pela iniciativa privada (multinacional) pela competência técnica e por dispor de informações privilegiadas, agora fica contra a empresa, que deverá assumir, sozinha, a operação da exploração do pré-sal.

OUTRO CONTRA: Agora é o senador Tarso Jereissati (PSDB), que não concorda com a iniciativa do governo de capitalizar a Petrobras. Parece que esse pessoal gostaria de ver a empresa sem recursos e pedindo ajuda às multinacionais.

MAIS UM CONTRA: Desta vez é o escritor baiano e colunista de o Globo João Ubaldo Ribeiro destilando seu preconceito contra o presidente Lula. Diz ele em entrevista no mesmo jornal: -“Agora dizem que o Lula vai entrar para a História como um dos grandes presidentes do Brasil. Querem consagrar um presidente que não fez porra nenhuma”. Em seu último artigo, em 4/10, o baiano, criando a idéia de alguém que lhe cobra “a obrigação de descer o cacete nessa corja”, sugere um título “que seja fiel à situação do Brasil de hoje. Eu lhe ofereço um de graça. Que tal ´de bem a pior?` Ora, de um ganhador do “Prêmio Camões”, espera-se mais lucidez. Mas ele está n`O Globo e sabedoria não significa desenvolvimento intelectual.

ALÉM DOS LIMITES: Por questão de segurança e estratégia, governo militar estendeu de 12 para 200 milhas nosso limite marítimo. E estranhamente diretor da Petrobras, Guilherme Estrela, torna público que a área do pré-sal se estende além desse limite, chegando a deduzir, pasme, que sua exploração pode levar o país a ter que dividir a produção com áreas internacionais. Não seria isso assunto interno?

ALÉM DOS LIMITES II: Agora veja o que diz o comandante da IV Frota Naval dos Estados Unidos, desativada em 1950 e que voltou com a missão de monitorar o litoral de toda a América Latina: -“O conceito de ´consciência de domínio marítimo` tornou-se uma alta prioridade para os EUA. A IV Frota pode, a qualquer momento, requisitar qualquer tipo de embarcações que achar necessárias para uma determinada missão. Devemos ter a capacidade de impor controle local do mar onde quer que seja necessário, mesmo sem a concordância dos aliados, se formos obrigados a isso...”.

MAIS VALIA: Não basta sugar o suor, o capitalismo levado extremo quer também a alma. Assim deve entender a empresa France Télécom, que chegou a registrar 24 casos de suicídios de funcionários num período de 18 meses. O último, casado e pai de duas crianças, deixou bilhete no seu carro culpando a empresa por ter se jogado de uma ponte.

1 Comentários:

  • Intervenção militar dos EUA: mais guerras, melhores negócios


    O coronel-aviador da Força Aérea Brasileira, Sued Castro Lima, avaliou a intervenção militar estadunidense na América Latina. As ações dos Estados Unidos serão intensificadas com a instalação, agora em setembro, de sete bases militares na Colômbia. Para Sued, "os sucessivos conflitos bélicos em que o país tem se envolvido confirmam a avaliação de que ‘quanto mais guerras, melhores negócios’".

    Pergunta - Na sua avaliação, essa intervenção militar está relacionada a aspectos como intervenção econômica e política? De que modo?

    Sued Castro Lima - Os governos norte-americanos sempre atuaram, em maior ou menor escala, para atender os interesses do poder econômico do país. Em 1961, o presidente Dwight Eisenhower, general e herói de guerra, reconheceu publicamente que o chamado complexo militar-industrial influenciava decididamente nas políticas interna e externa dos Estados Unidos.

    Os sucessivos conflitos bélicos em que o país tem se envolvido confirmam a avaliação de que "quanto mais guerras, melhores negócios". São guerras que têm três sentidos destacados: testar novos tipos de armamentos, fazer o marketing desses produtos e impor os interesses globais da grande potência imperial.

    Há uma declaração de um general dos marines (fuzileiros navais), Smedley D. Butler, feita em tom de ironia, já em 1935, que responde bem à pergunta: "Nos 33 anos que passei no serviço ativo, atuei na maioria das vezes como um gangster a serviço do capitalismo. "Ajudei" a tornar o México um lugar seguro para os interesses petrolíferos norte-americanos, "ajudei" a tornar o Haiti e Cuba um lugar decente para os rapazes do National City Bank recolherem rendas, "ajudei" a purificar a Nicarágua para a casa bancária dos Irmãos Brown, "limpei" a República Dominicana para os interesses açucareiros e "ajudei" a endireitar Honduras para as companhias norte-americanas de frutas."

    "O Brasil não passa de um imenso Paraguai" - A.Pertence

    Por Blogger Unknown, às 9 de outubro de 2009 às 05:16  

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