JESUS ENSINOU A AMAR, MAS JUDEUS E ÁRABES SE ODEIAM
De que valem leis, tradição, princípios éticos, orações, sacrifício, jejum e adoração a Deus e veneração a Maomé se o ódio faz morada no coração do homem? Embora descendentes de um mesmo tronco paterno, judeus e árabes só conseguirão se relacionar de forma pacífica quando for cumprido o que foi previsto pelo profeta Isaías (século VIII a.C).: - "O lobo viverá com o cordeiro, o leopardo se deitará com o bode, o bezerro, o leão e o novilho gordo pastarão juntos, e uma criança os guiará". Como se vê, passados cerca de 2.800 anos, essa professia continua como uma utopia, sem nenhum sinal de que isso poderá acontecer no modo em que o mundo vive, como expressa o filósofo e teórico politico inglês Thomas Hobbes (1587-1666) em seu O Leviatã: "O homem é o lobo do homem". Por isso, propõe que a guerra de todos contra todos só seria possível acabar com a adoção de um pacto social: -"Temos que aceitar abandonar a nossa capacidade de atacar os outros em troca do abandono pelos outros do direito de nos atacar".
Eis o dilema. A complexa e fantástica história de quase 5.000 anos do povo judeu está aí como prova dessa dificuldade, com suas conquistas, derrotas, perseguições, inimigos à volta, escravidão, soberba, corrupção, religiosidade vazia e diásporas. Tudo por causa de sua rebeldia, a ponto do profeta Isaías (VIII a.C.) adverti-los duramente: -"O boi reconhece o seu dono, e o jumento conhece a manjedoura do seu proprietário, mas Israel nada sabe". E vai mais longe, alertando sobre a expansão do império assírio e prevendo que o seu pecado traria o cativeiro pelas mãos da Babilônia: -"Raça de malfeitores, filhos dados à corrupção! Abandonaram o Senhor, desprezaram o Santo de Israel e o rejeitaram... Para que me oferecem tantos sacrifícios? - pergunta o Senhor. Para mim chega de holocaustos de carneiros". E outro profeta, Miqueias (704-696 a.C.),também alertava Israel: -"Já te foi dito, ó homem, o que convém, o que o Senhor reclama de ti, que pratiques a justiça, que ames a bondade e que andes com humildade diante do teu Deus". Mas Israel não deu ouvidos e continua soberbo e com ódio no coração, armado até os dentes esperando o momento para guerrear, sem buscar outro caminho de convivência.
Entre judeus e árabes há fundamentos religiosos e genéticos conflitantes, dos quais não abrem mão. Os judeus dizem que Abraão é seu Pai e que Isaque é o filho da promessa e que as leis passadas a Moseis no Monte Sinai, após o êxodo do Egito (Pentateuco ou Torá), são as únicas de origem divina. Já os árabes alegam que também são filhos de Abraão e que o filho da promessa é Ismael. Seguem o Alcorão e dizem que só aceitarão os judeus quando se converterem ao Islã. Impossível.
E há razão para essa demanda, pois relata a Bíblia que Sarai, avançada em idade (90 anos), não dera filho a Abrão (antes assim chamado). Preocupada com sua descendência, permitiu que Abrão engravidasse sua serva egípcia Hagar. Agraciada com a gravidez, Hagar passou a humilhar Sarai, a ponto dela pedir a Abrão para despachá-la de seu meio. Em seu sofrimento, ao ser abandonada no deserto, socorreu-lhe o Anjo do Senhor (Javé - Deus), dizendo que ela teria um filho e que deveria se chamar Ismael. Segundo o Anjo, Ismael seria como "jumento selvagem; sua mão seria contra todos, e a mão de todos contra ele, e ele viveria em hostilidade contra todos os seus irmãos". É dele, Ismael, que descendem os árabes. Está aí a origem da dissensão.
Mas também ouvindo as aflições de Sarai, o Anjo prometeu-lhe que haveria de gerar um rebento, apesar da idade. Nasceu Isaque, para glória de Abrão. quando Javé põe â prova sua fé no Criador, determinando o sacrifício do filho Isaque. Ao impedir o sacrifício, Deus fez com Abrão uma Aliança, prometendo-lhe uma descendência tão numerosa como as areias do mar e as estrelas no céu, além de uma terra abundante de mel e leite - Canaã.
Sempre guerreando com povos politeistas para manter a unidade de seu povo com base em rígidos princípios religiosos, invocando sempre um único Deus, Israel acreditava na força do "leão de Judá", que haveria de submeter seus inimigos. Mas o Messias, o Redentor prometido, não veio como um general poderoso que eles ainda aguardam. Veio Jesus, filho de uma humilde família residente na pobre Nazaré da Galileia, ensinando que os homens devem amar até mesmo o inimigo e dizendo que Ele era o que haveria de vir, o filho do Homem, para salvar a todos. Por isso, afrontados em sua religiosidade vazia, sustentada em tradições, em práticas sem conteúdo espiritual e oblações hipócritas, como muitos hoje fazem balançando a cabeça diante do Muro das Lamentações, Jesus foi entregue ao poder romano para ser crucificado. Se fizeram isso com Jesus, que só pregou e viveu fazendo o bem, imagine com os palestinos e nós outros, chamados gentios. A impressão que se tem é que Javé é um e Alá outro, porque as orações de judeus e mulçumanos não conseguem chegar ao Pai de todos. Devem estar carregadas de ressentimentos. Jesus Cristo é um desconhecido entre eles.
Eis o dilema. A complexa e fantástica história de quase 5.000 anos do povo judeu está aí como prova dessa dificuldade, com suas conquistas, derrotas, perseguições, inimigos à volta, escravidão, soberba, corrupção, religiosidade vazia e diásporas. Tudo por causa de sua rebeldia, a ponto do profeta Isaías (VIII a.C.) adverti-los duramente: -"O boi reconhece o seu dono, e o jumento conhece a manjedoura do seu proprietário, mas Israel nada sabe". E vai mais longe, alertando sobre a expansão do império assírio e prevendo que o seu pecado traria o cativeiro pelas mãos da Babilônia: -"Raça de malfeitores, filhos dados à corrupção! Abandonaram o Senhor, desprezaram o Santo de Israel e o rejeitaram... Para que me oferecem tantos sacrifícios? - pergunta o Senhor. Para mim chega de holocaustos de carneiros". E outro profeta, Miqueias (704-696 a.C.),também alertava Israel: -"Já te foi dito, ó homem, o que convém, o que o Senhor reclama de ti, que pratiques a justiça, que ames a bondade e que andes com humildade diante do teu Deus". Mas Israel não deu ouvidos e continua soberbo e com ódio no coração, armado até os dentes esperando o momento para guerrear, sem buscar outro caminho de convivência.
Entre judeus e árabes há fundamentos religiosos e genéticos conflitantes, dos quais não abrem mão. Os judeus dizem que Abraão é seu Pai e que Isaque é o filho da promessa e que as leis passadas a Moseis no Monte Sinai, após o êxodo do Egito (Pentateuco ou Torá), são as únicas de origem divina. Já os árabes alegam que também são filhos de Abraão e que o filho da promessa é Ismael. Seguem o Alcorão e dizem que só aceitarão os judeus quando se converterem ao Islã. Impossível.
E há razão para essa demanda, pois relata a Bíblia que Sarai, avançada em idade (90 anos), não dera filho a Abrão (antes assim chamado). Preocupada com sua descendência, permitiu que Abrão engravidasse sua serva egípcia Hagar. Agraciada com a gravidez, Hagar passou a humilhar Sarai, a ponto dela pedir a Abrão para despachá-la de seu meio. Em seu sofrimento, ao ser abandonada no deserto, socorreu-lhe o Anjo do Senhor (Javé - Deus), dizendo que ela teria um filho e que deveria se chamar Ismael. Segundo o Anjo, Ismael seria como "jumento selvagem; sua mão seria contra todos, e a mão de todos contra ele, e ele viveria em hostilidade contra todos os seus irmãos". É dele, Ismael, que descendem os árabes. Está aí a origem da dissensão.
Mas também ouvindo as aflições de Sarai, o Anjo prometeu-lhe que haveria de gerar um rebento, apesar da idade. Nasceu Isaque, para glória de Abrão. quando Javé põe â prova sua fé no Criador, determinando o sacrifício do filho Isaque. Ao impedir o sacrifício, Deus fez com Abrão uma Aliança, prometendo-lhe uma descendência tão numerosa como as areias do mar e as estrelas no céu, além de uma terra abundante de mel e leite - Canaã.
Sempre guerreando com povos politeistas para manter a unidade de seu povo com base em rígidos princípios religiosos, invocando sempre um único Deus, Israel acreditava na força do "leão de Judá", que haveria de submeter seus inimigos. Mas o Messias, o Redentor prometido, não veio como um general poderoso que eles ainda aguardam. Veio Jesus, filho de uma humilde família residente na pobre Nazaré da Galileia, ensinando que os homens devem amar até mesmo o inimigo e dizendo que Ele era o que haveria de vir, o filho do Homem, para salvar a todos. Por isso, afrontados em sua religiosidade vazia, sustentada em tradições, em práticas sem conteúdo espiritual e oblações hipócritas, como muitos hoje fazem balançando a cabeça diante do Muro das Lamentações, Jesus foi entregue ao poder romano para ser crucificado. Se fizeram isso com Jesus, que só pregou e viveu fazendo o bem, imagine com os palestinos e nós outros, chamados gentios. A impressão que se tem é que Javé é um e Alá outro, porque as orações de judeus e mulçumanos não conseguem chegar ao Pai de todos. Devem estar carregadas de ressentimentos. Jesus Cristo é um desconhecido entre eles.
1 Comentários:
Texto muito pertinente. E, aproveitando o tema suscitado, também levanto a pergunta: como seria o mundo se todos subitamente resolvessem seguir os ensinamentos de Jesus: "Lucas 6:27-36 - Mas a vós que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, não lhe negues também a túnica." ?
Por Spaco de V., às 7 de julho de 2010 às 11:17
Postar um comentário
<< Home