O QUE SE ESPERA DO PREFEITO RIVERTON
Pois bem, o povo foi às urnas e deu mais um voto de confiança para o jovem prefeito Riverton Mussi administrar Macaé por mais quatro anos, impondo uma acachapante derrota àquele que queria voltar ao poder pela quarta vez, com o mesmo discurso e a entonação de voz que já não seduz mais ninguém. O povo, que é paciente mas não é burro, entendeu que os doze anos do outro foram suficientes para implantar um modelo de administração criativo, austero, com avanços firmes e significativos em direção às demandas futuras, que servisse de referência e não caisse na mesmice do que se vê por aí, a prodigalidade, o nepotismo descarado, o enriquecimento que as facilidades do poder sem fiscalização permite.
Agora, é fazer diferente, não seguir esse mau exemplo, porque felizmente o povo já está percebendo isso, como essa eleição evidenciou. É preciso que o prefeito corresponda à altura, começando, desde já, a pensar numa equipe de assessores diretos que vistam a camisa e assumam a responsabilidade de cumprir todas as obras prometidas em campanha. Os quatro anos que se encerram em dezembro certamente serão tomados como referência, uma rica experiência para aguçar mais o espírito e poder discernir as verdadeiras demandas que a população precisa ver atendidas para dispor de uma melhor qualidade de vida.
Como temos aqui, além da riqueza do petróleo, gente com alto nível de conhecimento e espírito público, um orçamento municipal que se compara ao de Campinas, com um milhão de habitantes, a forma de administrar a coisa (res) pública é que se coloca em questão, como acontece na iniciativa privada, com definição de prioridades, quadro funcional enxuto e disciplinado, contenção nos gastos e otimização dos recursos, fugindo do velho e rançoso paternalismo político, causador de um grande mal-estar entre aqueles que entraram no serviço público pela porta da frente, disputando vaga num concurso público, como determina a Constituição Federal. A famigerada Coopemaé no outro governo é um exemplo funesto, iniciativa com aparente cunho social que na essência não passou de culto à personalidade para fortalecer propósitos políticos.
Mas qualidade de vida não quer dizer apenas o asfalto na rua, praças e jardins, nem mesmo o básico esgoto tratado de qualquer grupamento humano, que lamentavelmente ainda infesta o nosso rio de coliformes fecais, para tristeza dos macaenses que já não pescam mais robalos e sardinhas da murada da Rua da Praia, como da década de 80 para trás. Qualidade de vida tem a ver também com o sentimento de segurança, com o nível de educação no ambiente público, com serviços públicos prestados com eficiência e presteza, uma Câmara de vereadores atuando harmonicamente com o Executivo sem negociações obscuras, fiscalizando seus atos como convém e a comunidade deseja.
A seara está pronta para a semeadura. Vai depender do prefeito, agora mais experiente, fazer suas escolhas e saber separar o joio do trigo, porque o futuro vai cobrar o que estará sendo feito agora. Esperamos que seus eleitores não fiquem frustrados com a escolha e quem votou contra se sinta à vontade para aplaudi-lo em final de governo.
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