MICHAEL SILENCIA NA SOLIDÃO
A intolerância racial nos Estados Unidos e a truculência do pai que o usava para auferir prestígio e riqueza, fizeram muito mal à alma do menino prodígio Michael Jackson. Sua arte, inigualável, exibida nos palcos para multidões embevecidas, foi o único refúgio onde, em momentos de êxtase, podia esquecer as mágoas e as dores que trazia na alma.
Sob uma questão fenomenológica radical e trágica, no dualismo do ser e do parecer, Michael não foi capaz de estabelecer seus fundamentos ontológicos, porque, profundamente afetado pelo perverso preconceito da cor da pele e pelas feições de sua face negra, preferiu buscar no bisturi um perfil afinado com os valores da sociedade branca, descaracterizando sua origem, eliminando os traços que a natureza lhe deu. Ser negro, de nariz achatado e cabelos enrolados era feio, fora do padrão de beleza estabelecido. Como se vê, o elegante e exímio dançarino e cantor não foi dado à reflexão, à busca da consciência, o “para-si” sartreano que poderia preparar seu espírito para nadificar as coisas, os valores impostos.
Multidões aplaudindo, shows, projeção e muita riqueza levaram o fenômeno da música pop a buscar nas drogas prescritas alívio para seu cansaço, suas dores e as tormentosas dúvidas da alma aguçadas pela solidão. Sempre fugindo do enfrentamento consigo mesmo, nada melhor do que a letargia, o congelamento do pensar.
Os filhos que deixou, talvez de um pai desconhecido que lhe vendeu os sêmens, são agora alvo do interesse da mãe, que deseja sua guarda, depois de já tê-la vendido por oito milhões de dólares. Basta ver as feições das crianças brancas, sem nenhuma característica genética de seus ascendentes, que ele renegou. Não seguiu o exemplo de muitos outros negros autênticos e brilhantes em outras artes que resistiram à opressão e exclusão social.
Lá se foi para a sepultura o maior astro de todos os tempos, que mexeu com o mundo, fez brotar lágrimas de jovens e adultos, mas que, lamentavelmente, sua refinada arte não foi capaz de manter a família unida, em estado de graça pelo seu sucesso. Na “terra do nunca” ficou o sonho de ser eternamente Peter Pan, um menino cheio de vontade de ser uma criança para sempre amada. Afinal, Black or White ?
Sob uma questão fenomenológica radical e trágica, no dualismo do ser e do parecer, Michael não foi capaz de estabelecer seus fundamentos ontológicos, porque, profundamente afetado pelo perverso preconceito da cor da pele e pelas feições de sua face negra, preferiu buscar no bisturi um perfil afinado com os valores da sociedade branca, descaracterizando sua origem, eliminando os traços que a natureza lhe deu. Ser negro, de nariz achatado e cabelos enrolados era feio, fora do padrão de beleza estabelecido. Como se vê, o elegante e exímio dançarino e cantor não foi dado à reflexão, à busca da consciência, o “para-si” sartreano que poderia preparar seu espírito para nadificar as coisas, os valores impostos.
Multidões aplaudindo, shows, projeção e muita riqueza levaram o fenômeno da música pop a buscar nas drogas prescritas alívio para seu cansaço, suas dores e as tormentosas dúvidas da alma aguçadas pela solidão. Sempre fugindo do enfrentamento consigo mesmo, nada melhor do que a letargia, o congelamento do pensar.
Os filhos que deixou, talvez de um pai desconhecido que lhe vendeu os sêmens, são agora alvo do interesse da mãe, que deseja sua guarda, depois de já tê-la vendido por oito milhões de dólares. Basta ver as feições das crianças brancas, sem nenhuma característica genética de seus ascendentes, que ele renegou. Não seguiu o exemplo de muitos outros negros autênticos e brilhantes em outras artes que resistiram à opressão e exclusão social.
Lá se foi para a sepultura o maior astro de todos os tempos, que mexeu com o mundo, fez brotar lágrimas de jovens e adultos, mas que, lamentavelmente, sua refinada arte não foi capaz de manter a família unida, em estado de graça pelo seu sucesso. Na “terra do nunca” ficou o sonho de ser eternamente Peter Pan, um menino cheio de vontade de ser uma criança para sempre amada. Afinal, Black or White ?
1 Comentários:
Beleza o seu artigo, Armando.
Ismar C. de Souza
Por ismar, às 9 de julho de 2009 às 14:17
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