O SIONISMO POLÍTICO É UM PERIGO
Como antigos pensadores gregos no areópago, os sionistas estão antenados com o que acontece no mundo, preocupados com críticas que surgem em qualquer parte, principalmente através das ondas portadoras da comunicação virtual, que podem se alastrar e criar um sentimento de rejeição ao seu povo.
Enquanto movimento que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e a existência da pátria é louvável, mas como força que defende a submissão ou aniquilação dos palestinos por se acharem melhores do que os outros não passa de um intolerável chauvinismo. Aqui mesmo no site de O Rebate tenho visto alguns deles respondendo, com veemência e certa irritação, artigos de jornalistas que acusam o poder sionista entranhado no Estado de Israel de crimes contra os palestinos, um povo oprimido, até hoje sem direito de se organizar como nação. Uns mais radicais e violentos defendem a “solução final”, ou seja, a eliminação de mães palestinas grávidas para que não deem à luz um futuro terrorista. Para esses, jamais se cumprirá o que um dia foi profetizado: “O lobo viverá com o cordeiro, o leopardo se deitará com o bode, o bezerro, o leão e o novilho gordo pastarão juntos, e uma criança os guiará...”
Essa rixa é de alguns milênios, vem desde Abraão, o patriarca, e sua escrava Agar, que com ele teve o filho Ismael, separados por determinação de Javé, o Deus que um dia levou Abraão a provar sua fé ao ser desafiado a imolar seu único filho, Isaque, que teve com sua esposa Sara. De lá para cá, o povo israelense conheceu altos e baixos, ganhando e perdendo muitas guerras.
Um dia, o povo não quis mais o poder teocrático enviando ordens através dos profetas. Pediram um rei diante de si, como os demais povos, já que os profetas viviam recolhidos em suas reflexões espirituais. Valorizando a aparência, escolheram o belo Saul, que se destacava dos demais pela compleição física, inspirando seu espírito guerreiro, já que tinha como vizinho os temidos filisteus e seu principal guerreiro, o gigante Golias. Só que por causa da soberba, da consulta aos mortos (necromante) e da usurpação de poder que cabia ao profeta Samuel, entrou em decadência e desespero, a ponto de perder seu trono para o jovem Davi e se matar.
Quando se deixava envolver com práticas idólatras de seus inimigos, o castigo vinha de forma rigorosa. A desobediência foi a razão de sua diáspora, de serem escravos na Babilônia de Nabucodonosor II e dos 430 anos duramente trabalhando para o Faraó do Egito, até que Moisés consegue libertar seu povo e encaminhá-lo à terra prometida.
Ainda por causa da desobediência e do apego ao ritualismo e costumes tradicionais entranhados de hipocrisia, não entenderam a mensagem de Cristo, preferindo apoiar o Império Romano no julgamento do Mestre, até levá-lo ao sacrifício da cruz. Apesar dos milagres curando humildes e salvando vidas do pecado, foi encarado como inimigo da tradição pelos poderosos líderes religiosos, que seguiam a Torá estabelecida com o nascimento do Judaísmo no Monte Sinai. Em 70 d.C uma nova diáspora, quando os Romanos destroem Jerusalém e seu templo, somente voltando à “terra prometida” depois do Holocausto nazista, em 1948.
O Sionismo tem o espírito guerreiro de Saul, que segue suas próprias idéias, em desacordo com o Judaísmo, considerado o “povo escolhido” não para dominar pela violência, mas para conquistar e se impor pelo seu valor moral, seguindo a boa tradição prenhe de sentimento humano. Portanto, o sionismo rejeita Cristo porque ele não veio como um “Leão de Judá” para matar, nem como um general para fazer de Israel o mais poderoso do mundo. A humanidade e a humildade do Mestre não fazem parte do espírito bélico dos sionistas e seu racismo levado ao extremo. Enquanto estiverem em suas precações balançando a cabeça diante do Muro das Lamentações, mas com ódio no coração, seu mundo vai continuar em conflito e ameaçado. Além do Velho Testamento, há o testemunho das boas novas de Cristo para tornar o mundo melhor, uma lição de amor que precisam ainda aprender e praticar.
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