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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

EM TEMPO

QUASE IMPOSSÍVEL: Para não deixar nenhuma questão duvidosa que no futuro velha a lhe causar problema, Barack Obama exigiu que os candidatos a cargo em seu governo preenchessem um extenso e detalhado questionário sobre a vida pública e privada de cada um. Se Lula seguisse seu exemplo seria quase impossível aceitar os indicados pelos partidos que o apoiam.

ESTRANHA NOMEAÇÃO: Filha do cassado e falastrão deputado petebista Roberto Jefferson, a vereadora Cristiane Brasil fará parte do governo Eduardo Paes, ocupando uma secretaria. A última dela na Câmara Municipal: projeto que cria licença compulsória para os vereadores presos por mais de 31 dias. Se aprovado, o vereador Jerominho, preso acusado por comandar milícia, poderá, justificadas suas faltas, se livrar da cassação do mandato e da perda dos direitos políticos.
DESIGUALDADE: E a gente fica aqui a pensar: enquanto o governo rapidamente libera bilhões do dinheiro público para salvar capitalista que geriu mal seus negócios e/ou foi afoito demais na ânsia de acumular riqueza, crianças nordestinas passam fome, andam quilômetros a pé para chegar a escola que não tem nem cadeira, muitas outras perambulam pelas ruas das capitais cheirando cola. O capitalista tem pressa, já o capital humano vai se aguentando com o bolsa-família.

VALE QUANTO PESA: A Vale do Rio doce, privatizada a preço de banana por FHC, agora pede socorro ao governo em razão de prejuízos, embora há alguns meses tenha feito proposta de compra da mineradora suiça Xstrasa por US$ 90 bilhões, que hoje está avaliada em US$ 10 bilhões. Sua sorte foi a empresa rejeitar. Recentemente, a Vale tentava impor à China um alto preço pela tonelada do minério. Teve que recuar, porque a China não aceitou e até diminuiu sua importação, porque criou estoque suficiente ao longo dos anos. Enquanto a direção da Vale anunciava na mídia seus fabulosos lucros, os chineses enxergavam mais longe.

PASSAGENS AÉREAS: Quando o bilhete é comprado no Brasil, empresas nacionais e estrangeiras são obrigadas a cumprir um preço mínimo. Mas isso vai acabar ao longo do tempo, até 2010. A partir de janeiro do próximo a Anac decidiu que as companhias estarão liberadas a vender seus bilhetes para os Estados Unidos e Europa com desconto de 20%. Em abril esse desconto cai para 50%.

NA CONTRAMÃO: Fechando as portas para a saudável competição no mercado, o governador Sérgio Cabral acha mais conveniente defender interesse de investidores privados, de olho na privatização do Galeão, do que abrir espaço no Santos Dumont para a empresa área Azul, que promete tarifas bem menores que às concorrentes. Sua alternativa foi escolher Campinas para sediar a empresa, perdendo o Rio, segundo estimativa do dono, cerca de R$ 1,4 bilhão anualmente.

NA CONTRAMÃO II: Em resposta à crítica que o dono da Azul fez no domingo passado, o secretário estadual, Júlio Lopes, diz que o governo pretende concentrar os vôos no Galeão, oferecendo apenas rotas regionais do Santos Dumont para a Azul.

FALANDO EM TRANSPORTE: Por que até hoje não surgiu um empresário macaense para investir num projeto sobre os trilhos ociosos da ferrovia que cortam a cidade? Seria uma excelente alternativa para aliviar o congestionado trânsito. De uma estação no Lagomar até o Parque de Tubos o movimento de passageiros seria enorme.

BUSH X IRAQUE: Nenhum analista político ou economista de Prêmio Nobel vaticinou. As bombas de destruição em massa que o enganado povo americano pensava existir nos subeterrâneos de Sadham Hussein acabariam explodindo no quintal de Tio Sam, com muito mais poder do que os aviões que derrubaram as torres gêmeas.

PILANTROPIA: Em nome de Deus a Inquisição mandou muita gente para fogueira, mas ainda hoje, em nome da liberdade maniqueista (eixo do bem e eixo do mal), Bush massacrou mulheres e crianças no Iraque com suas terríveis bombas. Por aqui, de forma mais suave, mas perversa, sob o pseudo manto do social entidades filantrópicas ganham recursos do governo e isenção fiscal para pouco fazer pelos necessitados.

PILANTROPIA II: A LBV, por exemplo, como revelou o jornal O Globo em extensa reportagem em 2001, sonegou milhões em contribuições previdenciárias e camuflava despesas desviadas sob falsos programas sociais. Enquanto isso, seu diretor-presidente nadava em suas piscinas em seis moradias de luxo.

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