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quarta-feira, 1 de julho de 2009

EM TEMPO

GAROTINHO: O ex-governador troca novamente de sigla. Como nuvens no céu que mudam de posição, cor e forma, essa é a quinta quinada que dá em sua história política, passando pelo velho PCB, PT, PDT, PMDB e agora PR, com pretensão de disputar novamente o governo do Estado e de se aproximar de Lula. Também querendo mudar de camisa, o vereador Chico Machado (PPS) concedeu-lhe o título de mérito político, com apoio unânime daqueles que há pouco tempo execravam o ex-governador. Estranhamente, na apreciação da matéria, além de elogios a Garotinho o presidente Paulo Antunes PMDB) pediu para incluir também no projeto o título de cidadania macaense. Para compensar, a ex-vereadora petista Ivânia Ribeiro foi também agraciada com a mesma honra, concedida por Danilo Funke (PT).


ANTUNES X MACHADO: Por enquanto, Macaé terá dois candidatos a deputado estadual: Chico Machado talvez correndo pelo PPS e Paulo Antunes vem pelo PMDB, apoiando a reeleição de Cabral, enquanto Chico apóia Garotinho. Para Federal Adrian Mussi segue na linha pedetista. Será que desbancam Glauco Lopes e o pai Sylvio?



FRASE: “Os políticos e as fraldas devem ser mudadas frequentemente e pela mesma razão.” Eça de Queirós


PREFEITURA: A prefeitura de Macaé fez uma mexida em alguns setores da área administrativa que chega a elevar em cem por cento proventos de muitos servidores. Enquanto isso, na iniciativa privada a ordem é a austeridade absoluta e a otimização dos recursos para manutenção do emprego. O exemplo deveria ser objeto de reflexão por parte dos mais de 2 mil prefeitos que participarão da XII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios nos próximos dias 14,15 e 16. E como o tema é “Alternativas para Superar a Crise”, acreditamos que a maior parte delas pode ser colocada em prática na própria maneira de administrar. É mais uma questão endógina. É preciso fazer o dever de casa.

SARNEY: Desde 1954, aprendendo com os coroneis da oligarquia nordestina como se dar bem na política, o senador José Sarney educou seus familiares no pragmatismo, que considera o valor prático como critério da verdade. Mimético, sempre aderiu ao poder, mesmo na ditadura, a quem serviu com total subserviência, e ainda veio a ser o presidente da abertura democrática.

SARNEY II: Presidente do Senado pela terceira vez, acomodou onze parentes na instituição e ainda ajudou a inchá-la com inúmeros cargos dados a amigos. Exposto à execração pública, suas mãos tremem ao dizer que a culpa pelas mazelas criadas não é dele, mas do Senado. Ele faz parte dos trezentos picaretas que Lula, como deputado federal, chegou a apontar como entrave.


SARNEY III: Ele merece, mas o peso, a contundência e a insistência das críticas que os grandes do jornais lhe fazem tem, por tabela, um objetivo maior: desgastar Lula, que tem acordo com o PMDB. Não podendo enfrentar o corporativismo e o utilitarismo dos picaretas, Lula teve que se aliar a eles para fazer fluir seus projetos.


VIRGÍLIO: Do alto de sua propalada postura ética, ansioso por abrir a “caixa-preta” da Petrobras, o senador também está envolvido na maracutaia criada pelo diretor Agaciel. Lotado em seu gabinete, o pai de um amigo e três filhos dele, sendo que um é fantasma, pois mora nos Estados Unidos. Imagine se esses políticos estivessem gerenciando a Petrobras.


VIRGÍLIO II: Com a crista baixa, o senador amazonense (PSDB) ainda tenta exibir mãos limpas, ao dizer que vai abrir seu sigilo bancário e que entrará com representação no Conselho de Ética contra si próprio. Mas confessa:-“Cometi uma idiotice, uma imbecilidade, um gesto paternal equivocado”. Antes, com sua costumeira arrogância, chegou a impor: -“O presidente Sarney tem duas escolhas: romper com essa gente ou cair com essa gente”. Ele faz parte também dessa gente.


DIPLOMA: Fez bem o Supremo Tribunal Federal acabar com a exigência do diploma de jornalismo. Afinal, não é ele que dá a alguém o dom da escrita ou a arte de expressão capaz de atrair o leitor. A profissão não põe em risco a segurança das pessoas. Para os excessos cometidos sobre questões morais, éticas e econômicas há leis que garantem o direito de defesa e ressarcimento. Além do mais, fica a critério da direção do jornal escolher quem está apto ao exercício da profissão. Quem tem o privilégio de cursar uma faculdade está muito mais preparado para competir no mercado.


POR FALAR NISSO: Enquanto a internet abre as portas para milhões de pessoas espalhar notícias e assuntos variados pelo mundo, grandes e famosos jornais e revistas americanos e europeus estão cortando despesas para se manter. Só na Inglaterra. foram fechados 70 no ano passado. A crise não é só por falta de recursos. É que o mundo está mudando com a tecnologia.


LEMBRANDO: O Brasil verdadeiro é muito recente, vem de apenas 200 anos, pois começou mesmo com a fuga da corte para cá, trazendo imensa biblioteca, instalando o Banco do Brasil, criando a Imprensa Régia (ainda que fosse a voz do poder) e abrindo os portos às nações amigas. Mas os filhos da elite política, agrária e militar que sustentava o poder eram mandados para Portugal estudar Direito na universidade de Coimbra. Com isso, surgiu o poder cartorial e o domínio da terra, da justiça e do parlamento, com a política do café-com-leite, São Paulo e Minas se revezando na velha República, até a revolução liderada por Getúlio.


MAS VEJA SÓ : A rigor, só há menos de 90 anos o Brasil começa, e de maneira lenta, a se preocupar com a formação técnica. Basta dizer que na década de 40 o governo teve que estimular a reação popular e os políticos nacionalistas na campanha pelo “petróleo é nosso”, apoiando a decisão de criar a Petrobras em 1954, contrariando os entreguistas que faziam coro com os americanos, que pressionavam e colocavam seus geólogos na imprensa para dizer que aqui não havia o precioso óleo.

MAS VEJA SÓ II: Apesar da discutível qualidade do nosso ensino hoje, o país pode se regozijar com a competência de milhares de engenheiros, geólogos e técnicos nas mais variadas especialidades, competindo com os países desenvolvidos. Só com a instalação da Petrobras em Macaé na década de 70 e o avanço de seu processo exploratório é que as autoridades da região viram que não havia mão-de-obra suficiente com formação técnica para atender esse segmento. Apesar disso, o poliglota e emérito sociólogo e presidente Fernando Henrique, pensando como os antigos políticos da velha República, baixou uma lei, apoiado pelo seu PSDB e o PFL (DEM), proibindo a criação de escolas técnicas no Brasil. MAS VEJA SÓ III: Até 2002 havia 140 escolas técnicas no Brasil. O ex-torneiro mecânico Lula assume o poder e derruba essa perversa lei de FHC em 2005. Hoje, com o PAC, projeta o investimento de R$ 1 bilhão para a expansão dessa rede escolar, devendo construir e aparelhar 214 delas até o fim do governo.

1 Comentários:

  • Parece que Macaé quwer continuar a mesma. Olhe os candidatos ai a postos,segundo o jornalista Armando Barreto de O REBATE:
    "Macaé terá dois candidatos a deputado estadual: Chico Machado talvez correndo pelo PPS e Paulo Antunes vem pelo PMDB, apoiando a reeleição de Cabral, enquanto Chico apóia Garotinho. Para Federal Adrian Mussi segue na linha pedetista. Será que desbancam Glauco Lopes e o pai Sylvio?

    Por Blogger Unknown, às 1 de julho de 2009 às 16:31  

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