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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

20 ANOS DA DERRUBADA DO MURO DE BERLIM

A derrubada do Muro de Berlim em 1989 e a derrocada da União Soviética depois de longos 70 anos de uma revolução comunista que não conseguiu levar a classe trabalhadora ao Paraíso, para frustração de fieis seguidores do pensamento marxista, mostram que toda ideologia, por mais atraente e humanista que pareça , vai acabar se perdendo ao cercear o sagrado direito do homem à liberdade e ao contraditório.
Quando da polêmica eleição de Fernando Collor, uma afronta ao pensamento de esquerda ainda sem espaço na redemocratização do país, arrisquei-me, indignado e pela primeira vez, ao ensaio literário que segue abaixo:

MUROS DA VERGONHA
Derrubaram muros lá fora
Abriram caminhos afora
Deixando o povo curtir
A esperança fraterna do ir e vir

Na liberdade da fronteira
Passos alegres e firmes
Alinhavam com novo tecido humanístico
Rasgos da burocracia totalitária estatal

N`além manha comunista
Com uma glasnost de vida
Novos horizontes pintam
Um quadro surrealista

Aqui, na democracia do Cone Sul
A liberdade capital expõe no mural da vida
Quadros de fome, miséria e violência
E mantém o analfabeto para o domínio do voto

Quantas torres de marfim erguidas
Encastelam a burguesia feliz
Onde o povo não consegue subir
Nem em sonhos na escalada social

Liberdade, liberdade,
Quanta crueldade em seu nome
Quantos muros sociais dividindo
Quantas muralhas maciças massacrando

Até quando suportaremos tamanha vergonha
De tanta democracia com muros tamanhos
De ter o paradoxo da liberdade econômica matando
E uma elite impune cada vez mais ficando

Derrubemos o muro da pátria
Arriemos a bandeira da nação
Ensarilhemos as armas da opressão
E façamos todos a humanização.

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