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domingo, 29 de agosto de 2010

PICCIANI EM MACAÉ



À frente de uma imensa militância, vereadores, prefeitos e políticos da região, o prefeito Riverton Mussi liderou uma eufórica caminhada pela Rui Barbosa em apoio ao deputado Jorge Picciani (PMDB), candidato do governador Sérgio Cabral ao Senado, e a Adrian Mussi, que corre a uma vaga a federal, também pelo PMDB.

Empolgado com o apoio popular, em cima de um caminhão, Picciani fez questão de ressaltar suas sucessivas eleições para a presidência da Assembléia e sua relação de 20 anos com o governador Cabral, segundo ele uma parceria que tem sido um sucesso para o Estado do Rio, principalmente depois que se tornaram aliados do presidente Lula. Depois de enumerar várias obras, colocou como ponto de honra de sua luta a questão dos royalties do petróleo, prometendo fazer de sua tribuna no Senado uma trincheira em defesa da manutenção do atual percentual que os municípios da região da Bacia de Campos recebem, assim como para garantir esse direito em relação ao pré-sal.

O prefeito Riverton enalteceu a atuação de Picciani na Assembléia e declarou que foi ele quem o convidou para se filiar ao PMDB e construir com o governador uma aliança que hoje traz excelentes benefícios ao município, como a implantação da Delegacia Legal, a criação de universidade, que terá mais quatro cursos de engenharia, a instalação de duas UPA`s e a futura duplicação da ponte da Barra. Aproveitou para anunciar a dotação de R$ 135 milhões do PAC-2 para resolver o problema de distribuição de água para a periferia de Macaé e Carapebus. Desejoso de manter e fortalecer essa aliança, pediu voto para Adrian e Picciani.

INACEITÁVEL PODER DO TRÁFICO EM MACAÉ

Lamentável o desgaste à imagem de Macaé com a matéria do jornal O Globo dizendo que Fernando Gabeira e Cesar Maia, candidatos, respectivamente, a governador e ao Senado, foram impedidos por traficantes de circular livremente pelas comunidades Nova Esperança e Nova Holanda. Mais inusitado foi saber que Gabeira só conseguiu fazer sua caminhada política depois de dialogar com membros da associação de moradores e ter que obedecer roteiro determinado pelos traficantes, que passavam em suas motos exibindo armas.
Situação esdrúxula saber ainda que há associação de bairro em comum acordo com traficantes, quando deveria estar a serviço de sua comunidade e não usando de influência para conseguir recursos junto ao poder público e estabelecer uma espécie de feudo eleitoral. Isto mostra que o poder do tráfico criou um valhacouto, superando a inteligência do sistema repressor, até agora incapaz de criar um espírito de corpo entre moradores, e que, por se sentirem isolados e fragilizados, não ousam colaborar com uma força policial infelizmente ainda sem crédito suficiente para pedir isso. Aliás, essa nossa polícia ainda traz o ranço do período ditatorial, que a serviço da represssão olhava o civil com desconfiança. Políca é para defender o cidadão, a família, o povo, e não o governo.
Ora, Macaé é uma cidade pequena, plana, com poucas áreas de fuga e acesso não tão complexo às comunidades periféricas. Se as incursões esporádicas, que amedrontam e põem em risco a segurança de moradores e, como nos filmes americanos, tornam apenas mais excitantes e heroicos para os jovens traficantes o embate com a polícia, já passou da hora de se buscar alternativas mais eficazes. Não é uma questão de mais efetivo, mas de planejamento estratégico. E na arte de pensar a luta, o poder das armas não deve ser destaque. A experiência de quem vai ao campo, de quem tem profunda intimidade com o ambiente de violência, traz luz e dá embasamento a estudos que permitem criar uma rede de informação confiável, ainda mais com a sofisticada tecnologia de comunicação hoje disponível.
Mesmo sem dispor desses recursos, foi com a antiga estratégia asiática de guerra que o general Giap conseguiu derrotar os americanos e sua poderio bélico no Vietnam. Outro exemplo é a dificuldade que os americanos vêm tendo para derrotar homens simples do talibã no Afeganistão, embora usando os mais formidáveis equipamentos e meios de comunicação. E vão ter que sair de lá em breve, porque não têm conhecimento íntimo da tradição e da geografia da região, por isso não têm como se estabelecer.
Então, como as Unidades de Polícia Pacificadora nas favelas cariocas, é preciso ocupar o espaço com segurança, obras de saneamento, educação em tempo integral, saúde, esporte e oportunidade de trabalho para que a juventude não fique ociosa e à mercê dos traficantes. Silvester Stallone e suas incríveis façanhas na tela podem ser fascinantes, mas são pésssimos exemplos. Não é bem desse lixo e mentirosa arte que o Brasil está precisando.
Em entendimento com o governador e de acordo com o comando da PM em Macaé, é possível estender o braço do sistema policial em zonas de conflito. A Prefeitura poderia construir comnfortáveis destacamentos onde, em permanentes trocas de turno, os policiais pudessem se alimentar e descansar, mantendo estreita relação com as comunidades. As demais atividades a Prefeitura continuaria exercendo.


MISTO QUENTE

UENF EM GREVE: Em suas campanhas de reeleição, os deputados do Rio de Janeiro deveriam programar uma ida à Universidade do Norte Fluminense e procurar informações sobre as razões que levam professores a deixar os acadêmicos sem aula há mais de dez dias. Criada por Darcy Ribeiro no governo Brizola, passou as maiores dificuldades quando Marcello Alencar governava (PSDB), assim quando o casal Garotinho levou oito anos no poder. Sem salário digno, falar em educação de qualidade é lançar palavras ao vento.
GAROTINHO: Na política, alguns ficam mais refinados na “arte da dissimulação”. Inimigo visceral do governador Cabral, Garotinho perdeu seu poder de fogo para atacá-lo como gostaria ao dizer que está ao lado de Lula. Mas sua filha, vereadora Clarissa, já confessou a um figurão do PSDB que “Papai não vai com a cara dessa mulher”, Dilma Rousseff. Só que com o cutelo da Justiça no pescoço o instinto de sobrevivência o leva a encolher as garras.
INCOERÊNCIA: Para sair do limbo eleitoral, o tucano Serra foi buscar até um índio como vice e já tentou colar um novo nome para se aproximar do povão: Zé Serra. Não adiantou. Como fazia Cesar Maia, levanta factóides para imputar culpa à adversária. Agora, anda formulando frases de efeito: “Eu não preciso de padrinho”, “Eu não preciso ficar na sombra de ninguém” e “Não ando na garupa de ninguém”. Mas, despencando nas pesquisas, está correndo para São Paulo pensando nos elevados índices de Alckmin.

domingo, 22 de agosto de 2010

O CASO SAKINEH E A HIPOCRISIA DA IMPRENSA BRASILEIRA

Se o brasileiro que está lá fora procurar saber como está o Brasil através dos jornais O globo e a Folha de São Paulo vai ficar deprimido e sem nenhuma vontade de retornar. Desde que o metalúrgico assumiu o poder, para espanto da elite e horror da Fiesp, esses dois jornais, afinados com as recomendações do já desacreditado "Consenso de Washington" (recomendações econômicas que deveriam ser aplicadas pelos países latinos para consolidar o neoliberalismo), preocupadíssimos com o crescimento e a atuação cada vez mais madura das organizações sindicais, encaram a popularidade do seu maior líder como a grande ameaça ao neoliberalismo capitaneado pelas multinacionais e financistas. Então, a ordem é não dar descanso ao governo petista, é preciso aproveitar qualquer assunto para desgastar sua imagem e arrefecer sua força.


Nos primeiros momentos, tentaram ridicularizar o linguajar simples, que chamam de chulo e vulgar, de um ex-boia fria do interior e, ainda por cima, nordestino, em contraposição à erudição, ao refinamento cultural do acadêmico Fernando Henrique, que iniciou um processo de abertura econômica nos moldes recomendados pelos americanos. Depois, as constantes denúncias pondo em dúvida processos licitatórios e críticas à contratação de pessoal, que consideram inchaço da máquina e aparelhamento do Estado com a pelegada. Mais recente, assustados com os fabulosos fundos de pensão dos trabalhadores e sua imersão no mercado de ações, apontam o perigo do que chamam patrimonialismo sindical e sua influência no governo. Estão apavorados com essa consciência de classe e a ousadia do trabalhador competir no mundo capitalista e daí conquistar o poder de questionar o sistema no mesmo nível daqueles que desde os tempos coloniais mandaram no país.


Há dois meses, usando um hipócrito sentimento humanitário, exploraram a greve de fome de dissidentes cubanos para atacar o regime e colocar Lula numa "calça justa" (Lula não usa saia). Mas são benevolentes em relação à terrível prisão em Guantánamo, onde o governo americano mantém, sob tortura, mulçumanos presos sem culpa formal e sem direito à defesa.


Depois que o presidente Lula tentou estabelecer, junto com a Turquia, um diálogo com o Irã em busca de uma saída para o impasse a respeito do desenvolvimento de energia nuclear, O Globo não se cansa de menosprezar a diplomacia brasileira, chamando-a de "diplomacia terceiromundista" e "diplomacia do B", por manter relação com país que não respeita os direitos hmanos.


Agora, o assunto do dia é a condenação da iraniana Sakineh ao apedrejamento, acusada de adultério e assassinato. Aí, o "sentimento cristão" do pessoal do Globo aflora e, tomado de indignação, aproveita para dizer que Lula, por motivação eleitoral, faz jogo político ao se dispor a receber a iraniana e salvá-la do terrível castigo, tradição que vem desde os tempos de Cristo entre o povo judeu. Mas, convenhamos, quantos prisioneiros americanos, negros e pobres, estão hoje esperando o momento de execução, que já foi na cruel cadeira elétrica e hoje, "mais humano", através de uma injeção letal, acompanhada de plateia? E o que dizer sobre milhares de civis, mães, crianças e jovens mortos pelo sofisticado arsenal americanos no Iraque e no Afeganistão? Não tem jeito, para essa imprensa tendenciosa Lula é uma ameaça ao humanismo e ao capitalismo. Por isso, pau nele o tempo todo. O que importa são as versões, não o fato.

MISTO QUENTE

MENOS DOIS?: Depois de oito anos de mandatos consecutivos, sem que se saiba o que Macaé e região ganhou com sua representação, o deputado Glauco Lopes (PSDB) desistiu da reeleição. Estranhamente, vem como suplente de senado do candidato Marcelo Cerqueira (PPS). Recentemente, esteve na OAB - 15ª Subseção Macaé solicitando sua inscrição na Ordem. O pai, Sylvio Lopes, parece que também desistiu da reeleição a federal. Seria o custo da campanha ou algo mais vantajoso?

CHRISTINO E ADRIAN: Estiveram juntos na sede social da AABB expondo suas metas para o desenvolviemento da região, focando principalmente a polêmica emenda que dá novos rumos à distribuição dos recursos dos royalties. Aderian não poupa a inércia dos atuais deputados. Ele, como candidato a federal e Christino pela reeleição a estadual, foram prestigiados por mais de 500 pessoas que apoiam suas campanhas.

ROBERTO JEFFERSON: Aquele deputado do PTB cassado por corrupção, certamente com intuito de se vingar do governo Lula, resolveu apoiar Serra, achando que ganharia espaço na mídia nacional. Agora anda reclamando que seu candidato não conversa, só fala com três pessoas do PSDB. Chegou a dizer: "Apoio Serra a pedido de Alckmin. Sou Geraldo, não conheço o Serra. Só de ouvir falar". Se na campanha, mal das pernas, não conversa com os aliados como faz Lula, imagine como presidente.

REELEITO:: Por falar em AABB, o dinâmico presidente Leobino foi novamente confirmado no cargo pela vontade de muitos associados que reconhecem seu excelente trabalho à frente do clube. Parabéns.

SUJISMUNDOS: Quem não está empregado, tem mesmo de se virar, defender o mínimo necessário ao leitec do filho. Mas, convenhamos, aquele exagerado número de mulheres, com a mão estendida, entregando papelzinhos de uma financeira que oferece empréstimo consignado, além de irritar quem passa suja a via pública.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

OAB COMEMORA DIA DO ADVOGADO EM NOVA SEDE

A presidente Andréa e seu vice François

A Ordem dos Advogados, 15ª Subseção Macaé, comemorou o Dia do Advogado (11/08) presenteando os profissionais da região com uma nova e ampla sede, localizada na Av. Agenor Caldas 581, Imbetiba, além de oferecer um lautoso Café da Manhã depois do asteamento das bandeiras Brasileira, Estado, Município e da própria entidade.
Ao participar do evento como bacharel e prestes a receber minha carteira, embora formado em 1981, aproveitei para entrevistar a jovem Andréa Meirelles, presidente plena de entusiasmo para enfrentar os desafios

ARMANDO BARRETO - Há quanto tempo na presidência, qual o período de mandato e de onde é ?

ANDRÉA MEIRELLES - Estou há apenas seis meses no cargo, com mandato de três anos, segundo o estatuto da Ordem, e tenho minhas raízes familiares em Macaé, nascida e criada aqui, neta de Armandinho Solon, filha de Ana Riva e Carlos Meirelles.

- Esta nova sede é provisória ?

ANDRÉA - Esta aqui é provisória, bem mais espaçosa e em local melhor do que a outra, inclusive com área de estacionamento. E foi possível porque bastou querer buscar, pois havia recursos em caixa. Mas nossa idéia é ter mais na frente uma sede própria, a ser construída em terreno doado pelo munmicípio, atrás do prédio da Polícia Federal, em Virgerm Santa. Estamos aguardando ainda a abertura de rua de acesso, sistema de drenagem e calçamento. Com ela, vamos ter duas salas de aula, estacionamento, sistema informatizado, biblioteca e acomodações que atendam nossa classe.

- E o que a OAB oferece aos novos advogados hoje?

ANDRÉA - A partir de setembro vamos oferecer três cursos: licitaçõeds, meio ambiente e contrato administrativo, com professor de direito público da UFF.

- Como gostaria de ver a OAB aqui nma região?

ANDRÉA - A gente quer que a OAB esteja inserida em seu real papel na sociedade, atuando não só em pról da classe, mas, também, junto à comunidade e suas demandas sociais. Inclusive, neste ano, estamos fazendo questão de nomear representantes em todos os conselhos e a partir daí começar a pensar em projetos na área do direitos humanos e dos direitos sociais.

- Qual seria o problema que os profissionais mais levantam em relação ao poder judiciário?

ANDRÉA - Bem, é uma questão geral, o problema da morosidade, porque a justiça que tarda não é a justiça que a gente quer e precisa. A gente quer uma justiça dinâmica, até pelas suas implicações sociais e pela própria velocidade da vida hoje.

- Isso é decorrente da falta de pessoal, recursos ou outros motivos?
ANDRÉA - Na realidade, é a falta de juizes. Hoje, por exemplo, temos hoje na Comarca menos dois juizes, uma por licença de maternidade e o outro que foi transferido há mais de um ano ano até agora não teve essa vaga suprida.

- Nos anos 60 e 70 havia em Macaé juizes que residiam aqui com suas famílias, participando da vida da comunidade; Inclusive lembro de dr. Aulomar Lobato que até jogava vôlei no Ypiranga com os jovens. Hoje, parece que o juiz quer ficar cxada vez mais longe desse contato, são figuras estranhas ao meio, por que?
ANDFRÉA - A rigor e na verdade ele teria que morar na cidade onde atua. Isso. inclusive, é importante para o juiz no ato de julgar. conhecendo a realidade social onde vive, olhando nos olhos do autor, do réu e das testemunhas . Aliás, esse é um assunto aque a OAB quer questionar. Na Vara de Trabalho, que gera exptressiva demanda, estamos convivendo sem juiz titular, com alta rotativa de juizes que não moram aqui na comarca e, por isso, não mantêm vímculo com a comunidade. Muda a rotina cartorária constantemente em razão dessa troca e isso é a causa de termos mais de onze mil processos em andamento. Muitos processos que vão para a Contadoria levam cerca de um ano.

- Quantos advogados estão inscritos hoje na OAB-Macaé ?

ANDRÉA - Macaé cresceu muito e a expressiva quantidade de empresas gerou muitas demadas, razâo pela qual temos hoje cerca de 850 inscritos e somando os estagiários vai a mais de mil, envolvendo Macaé, Carapebus, Conceição de Macabu e Quissamã.

O vice-presidente é François Pimentel Moreira, que veio do Rio de Janeiro e está em Macaé desde os anos 80, ainda garoto. Disse que a família dos pais, do irmão e a sua adotaram Macaé, felizes pelo acolhimento que tiveram aqui, uma cidade que ainda conserva o espírito de forte interação social.