.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

GUTO ACREDITA QUE DILMA VENÇA COM MAIS DE 50%


Depois de 503 anos, um operário nordestino consegue chegar à presidência deste país e agora, depois de quase oito anos, é provável que venha aí a primeira mulher a dirigir este país, candidata escolhida por Lula e desdenhada por todos, com a missão de levar adiante um projeto de um governo com 80% de aprovação popular. Isso está causando muita preocupação entre a turma de punhos rendados, aqueles que apostaram no poliglota e acadêmico de brilho intelectual FHC. Então, faltando poucos dias para o eleitorado apontar quem é o melhor candidato para fazer o Brasil avançar, resolvi saber com o presidente do diretório do PT em Macaé, Carlos Augusto Garcia Assis (Guto), como está a campanha de Dilma Rousseff aqui e a repercussão das denúncias levantadas todos dias pelos grandes jornais vinculandas ao seu nome.

Armando Barreto – A alguns dias para o encerramento do processo eleitoral, como está o engajamento da militância para a eleição da candidata petista?

Guto – Armando, aqui em Macaé, hoje (23/09), estamos promovendo a “Caminhada Lilás”, com uma expressiva participação de mulheres de apoio exclusivo à candidatura de Dilma Rousseff, saindo da Praça Veríssimo de Melo à Washington Luiz. Isso está acontecendo em todo o Brasil. Na terça-feira (28), vamos fazer uma grande carreata com o candidato a senador Lindberg, que, segundo pesquisas, aponta em primeiro lugar.

- Em termos de percentual, o que você arriscaria para Dilma em Macaé.

Guto – Acho que, como na maioria dos estados, ela deverá ficar entre 52% a 55%. A Marina Silva, como há uma candidatura aqui que a apoia, é provável que chegue a 20%. E o Serra em torno de 25%.

- Pelas reclamações que Lula vem fazendo em relação aos constantes ataques de grandes jornais, você acha que ele é contra contra a imprensa livre?

Guto – De jeito nenhum! O que Lula falou é que tem alguns grandes jornais e uma revista que estão sempre criticando o governo e até mesmo fazendo uma marcação pessoal e pesada em relação a ele e a Dilma. Agem de forma tendenciosa. Então, não é conta a imprensa livre, que ele inclusive considera como base para o exercício da democracia. Ele jamais será contra.

- Pelo que se vê, a impressão que fica é que esses jornais escolheram seu candidato e tudo fazem para desqualificar o outro, com viés nitidamente popular, como o PT, não é?

Guto – Isso mesmo, parece que os donos desses jornais e revistas são filiados ao partido de oposição. Você pega a revista Veja só vê matéria a favor do cxandidato do PSDB. O Globo todo dia fica levantando matérias polêmicas, ainda sem prova, para desgastar Dilma Rousseff, sempre enfatizando que ela não tem competência e que faz sua campanha na garupa da popularidade de Lula.

- Venho acompanhando O Globo e vejo como age de forma dissimulada e em contrasenso ao que coloca para seus leitores sobre a questão ética e a imparcialidade que devem sustentar uma reportagem ou opinião. Por exemplo, quando ele diz que o PT e Lula agem de forma autoritária e partidários do pensamento único não faz uma autocrítica ao dirigismo que exerce sobre seus profissionais, porque todos, sem exceção, de colunista oficial, colaboradores, repórteres e editores escrevem com a mesma linguagem oposicionista. Você não acha também que é isso é uyma forma de pensamento único? Todos batendo em Lula para derrotar Dilma?

Guto – Exatamente. Acho que é uma diretriz que a direção desse jornal passa para todos que ali trabalham. A ordem é derrotar Dilma. E veja que é um governo com 80% de aprovação popular, com altíssimo nível de emprego gerado, enaltecido pela imprensa internacional. Nunca um governo conseguiu chegar a esse patamar de opinião pública. Mas parece que O Globo fecha os olhos para isso, assim desde colaboradores, editorialistas, cartas do leitor e os chamados analistas econômicos e sociais, todos, sem exceção, estão afinados nesse propósito de derrubar a candidatura Dilma Rousseff, principalmente agora nesse final de campanha. Tivemos aí uma profunda crise econômica mundial, mas o Brasil foi um dos primeiros a sair dela, enquanto os desenvolvidos estão até hoje sofrendo, sem vislumbrar ainda um caminho seguro. Então, a economia do país está consolidada e esperamos que Dilma vença as eleições e, quem sabe, tenhamos mais à frente o retorno de Lula. Esse é o medo da oposição e dos jornais do contra.

MISTO QUENTE

POPULISTA: Enquanto se sentia senhor da situação, com 40% de aprovação popular, Serra manteve-se ético, incapaz de criticar Lula. Despencando nas pesquisas, veio o desespero e a fera contida se soltou. Pior, depois chamar de populismo o Bolsa Família e atacar os gastos do governo, agora, em última carta, demagogica e irresponsavelmente promete ao povão salário mínimo de R$ 600, um inusitado 13º para os beneficiários do Bolsa Família e ainda 10% de correção salarial para os aposentados.

O VACILANTE STF: No futebol, seria chamada de marmelada, se houvesse algum a ser beneficiado com um escore de 5 x 5. Mas no ambiente refrigerado e atapetado da maior instância do poder judiciário, que nome imputar à inusitada decisão de suas excelências, com votação empatada sobre a aplicação da Ficha Limpa? Medo em relação ao conflito legal ou dos políticos e do povo. Se fosse no Direito consuetudinário, fundado nos usos e costumes, certamente Joaquim Roriz e muitos outros estariam fora das eleições e os magistrados não precisariam vacilar em relação à letra da lei.

CLUBE MILITAR: Depois de 21 anos amordaçando os meios de comunicação, estranhíssima essa afinidade dos militares aos meios de comunicação da oposição para “discutir ameaças à liberdade de imprensa”, como aconteceu no Clube Militar, no Rio. Isso está parecendo ensaio de golpe, uma nova “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, ainda mais com O Globo dando força ao evento. Lembram-se do caso Proconsult, quando esse jornal teve participação na tentativa de fraude para inviabilizar a eleição do então candidato a governador Brizola, em 1982? Pois é, o Sistema Globo vem de longe defendendo a velha política do “café-com-leite” e se deu bem na ditadura, quando conseguiu, através de nebuloso contrato em conflito com a Constituição Federal, milhões de recursos e assistência técnica do grupo americano “Time-Life” para criar a poderosa TV Globo. Antes, o medo era em relação a João Goulart, que ajudou a derrubar, e agora é o pavor de ver Lula consolidar o que ela chama de “República Sindicalista”.

VANDRÉ MORREU: Vi na Globonews Geneton Moraes Neto entrevistando o compositor e cantor Geraldo Vandré. Sempre reticente e fugidio nas respostas, vi com profunda tristeza e frustração um homem acabado, sem nenhuma vontade de se conectar com o mundo e a MPB, imerso em suas entranhas, protegidas por intransponível muralha. Nada parece entusiasmar aquele que foi autor do revolucionário hino de protesto, “Pra não dizer que não falei de flores – Caminhando”, que deixou a ditadura militar babando de raiva e a juventude oprimida encantada.
Autor de muitas lindas músicas, em 1966 ganhou o Festival da Record com “Disparada”, projetando o cantor Jair Rodrigues. Perseguido, depois de passar pelo Chile, Argélia e Alemanha, onde fez muitos shows, sumiu de circulação depois de voltar do exílio em 1973. Estranhamente, contrariando o que se comentava no Brasil, diz que não foi torturado e que nunca foi antimilitarista. Mas seu profundo silêncio denuncia que algo muito violento aconteceu na cabeça do homem, pois hoje, ao completar 75 anos, está recolhido em um quarto na Aeronáutica. Foi triste vê-lo por trás, com a cabeleira branca e grande, alquebrado, subindo lentamente a escada rumo ao seu aposento no Clube da Aeronáutica, seu atual “refúgio”.

Marcadores:

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

NÓS SOMOS A OPINIÃO PÚBLICA

Foi mais uma genial expressão do presidente Lula para se defender dos ácidos ataques que vem sofrendo da grande imprensa. Quem não é alienado e nem se faz de idiota entendeu muito bem o que ele quis dizer num comício em São Paulo ao lado de Dilma Rousseff. Foi uma profunda estocada de mestre, de quem aprendeu no movimento sindical, na luta em porta de fábrica, a lidar com a imprensa conservadora, como Folha de S. Paulo e O Globo, jornais tendenciosos e engajados abertamente, de corpo e alma, na candidatura de José Descendo Serra (PSDB).

Ora, Lula sabe muito bem, e já falou a respeito, que sem liberdade de expressão não existiria democracia e nem seria possível um metalúrgico ser presidente da Nação, mas que é preciso também que os veículos de comunicação, que se veem como formadores de opinião, atuem com neutralidade e não tomando partido, impondo um certo dirigismo profissional aos seus jornalistas, colaboradores e colunistas, todos atacando o governo e a candidata Dilma. Portanto, quando Lula diz “nós somos a opinião pública”, ele espertamente está insinuando ao eleitorado que há dois lados, o do povão que não precisa ler jornal para sobreviver e um outro que tem a pretensão de mudar sua opinião em relação ao governo. Com essa colocação maniqueísta Lula põe em confronto os participantes do Tea Party (festa do chá dos poderosos conservadores americanos que se unem para combater o “comunista negro e mulçumano” Barack Obama) e o eleitorado que fica irritado com quem critica o presidente.

Preconceito e ideologia estão por trás disso. Um operário não poderia ser mais bem sucedido do que a elite acadêmica e ainda mais levando o povão ao mercado. Para essa imprensa o operariado deveria continuar, bem comportado, respeitando as leis, fazendo seu secular papel nas fábricas, produzindo o lucro do capitalista. Mas eis que, passados quase cinco séculos, os olhos foram abertos e a consciência política, centrada na “mais valia”, despertou o sentimento de luta por justiça social. E foi nas ruas e nos portões das indústrias, sob o cacete da polícia, que veio o aprendizado, a necessidade de consolidar a organização sindical, que hoje assusta a elite conservadora.

Mas a OAB, como guardiã das liberdades democráticas, provavelmente preocupada em ser acusada de omissa, entra no jogo dessa imprensa de punhos rendados, que tem horror de macacão sujo de graxa, para condenar a quem, com justo motivo, usa o direito de se defender ao expor a gritante parcialidade dos grandes jornais propagadores do neoliberalismo. Afinal, liberdade de imprensa tem limites e princípios éticos a seguir, como a questão da neutralidade na elaboração das matérias. Não é o tratamento que vem sendo dado à candidatura da petista Dilma Rousseff, a quem se atribui toda sorte de crimes e falcatruas com o evidente objetivo de desqualificá-la.

MISTO QUENTE

NA CARONA: O canditado Serra (PSDB) continua dizendo que Dilma Rousseff (PT) pega carona na popularidade de Lula, mas foi ele quem, por usurpação, usou a imagem do presidente em seu programa eleitoral na televisão. Enquanto isso, seu aliado Fernando Henrique foi relegado ao ostracismo. Por que? No desespero, em última cartada, Serra agora quer seduzir a massa, prometendo salário mínimo de R$ 600,00, 13º para beneficiários do Bolsa Família e ainda 10% de correção salárial para os aposentados. Se não colar, pelo menos incomoda o governo com a exploração que a oposição vai fazer nos próximos três meses.

NA ONDA: Pai da surfista Maya, campeã de ondas grandes (20 m), Fernando Gabeira disse que está na expectativa de uma onda verde continuar crescendo e acabar levando a disputa para um segundo turno, já que Marina Silva vem atraindo a atenção da classe mais politizada. Só que a previsão dá apenas sinais de uma marolinha.

CASO ERENICE: Não satisfeita com o alto prestígio que o cargo lhe deu, tentou estabelecer, como nos tempos medievais, uma espécie de feudo na Casa Civil, quando vassalos recebiam benesses e se obrigava a certos serviços e prestação de homenagem ao nobre. Foi bom a imprensa devassar esse ninho de corrupção familiar no poder. O dolo é tentar vincular isso à candidata petista. Que sirva de exemplo e motivo para que o ppróximo governo abra o olho, usando a contrainformação para saber quem é digno de confiança.

CASO NEYMAR: Como na política, prevaleceu o prestígio do craque, que gera muito dinheiro para o clube. Para o Corinthians é mais vantajoso poupar Neymar, o indisciplinado e desrespeitoso, e afastar o técnico Dorival. Se perguntado a Neymar e aos dirigentes o que acham do universo político, certamente eles irão pesar na crítica.

PENSAMENTO ÚNICO NO GLOBO:
Luiz Garcia – “Dilma talvez tenha sido escolhida pelo presidente Lula num gesto de vaidade. Lula parece ir além: está mostrando o poder de transferir a sua popularidade para quem quer. Até mesmo para uma mulher” (sic).

Arnaldo Jabor – “Lula não é um político - é um fenômeno religioso. De fé. Como as igrejas que caem, matam os fiéis e os que sobram continuam acreditando. Com um povo de analfabetos manipuláveis, Lula está criando uma igreja para o PT dirigir, emparedando instituições democráticas e poderes moderadores”.


Merval Pereira – “A popularidade de Lula hoje lhe dá a sensação de poder absoluto. Daí a desqualificar a grande imprensa e querer influenciar diretamente o eleitorado, sobretudo o das regiões mais mais poberes do país, através dos programas assistencialistas...”
Míriam Leitão – “Num ataque digno de Luiz VIX, Lula sentenciou: “Nós somos a opinião pública. ... é doloroso reconhecer no presidente brasileiro alguns traços do presidente venezuelano”. Tudo isso no mesmo dia - 21/09.
Zuenir Ventura: Sobre críticas de Lula a certos jornais e revista tendenciosos: “O presidente faz lembrar aqueles reis que antigamente mandavam executar os emissários das más notícias. É com certeza o que ele tem vontade de fazer com a imprensa. Talvez não apenas simbolicamente”.

Marcadores:

sábado, 18 de setembro de 2010

PENSAMENTO ÚNICO NO GLOBO

Depois que a ditadura militar conseguiu inviabilizar o Correio da Manhã, Diário de Notícias e o independente Jornal do Brasil, impera o Sistema Globo de Comunicação, uma extensão da geopolítica americana, poderosa sucursal da informação que tenta fazer a cabeça dos brasileiros, com a missão de travar a evolução do pensamento de esquerda que emergiu no movimento sindical e que agora se fortalece com o governo Lula.

Como, passado o período da guerra fria, já não cabe mais a crítica maniqueísta de esquerda-comunista e direita-democrata, a ordem, então, é não dar espaço e fustigar o tempo todo o governo e sua candidata, que, numa eventual vitória, poderá estabelecer uma base política e econômica tão forte que dificilmente os herdeiros da política do café-com-leite conseguirão voltar ao poder.

Falar que a candidata Dilma está em tratamento de câncer já não produz mais o efeito esperado, por isso é preciso colocar sempre em evidência o caso dos mensaleiros e agora, explorar à exaustão em muitas páginas e na televisão, a quebra do sigilo fiscal e o inaceitável tráfico de influência da família da ex-ministra Erenice Guerra através da Casa Civil, com o propósito de sugar dinheiro no meio empresarial.

É com essa “nobre tarefa” que a direção da Globo, paradoxalmente exaltando a liberdade de imprensa, exige fidelidade total aos seus jornalistas, repórteres, colunistas especiais e até de colaboradores, intelectuais de refinado saber que, se não atacam frontalmente a candidata pelo menos escapolem como podem com assuntos sem nenhuma implicação com o momento, caso de Veríssimo e Zuenir Ventura. Até o gozador Jorge Bastos Moreno, em sua coluna Nhenhenhém, de Brasília, já nem pode brincar mais dizendo que Dilma Rousseff é sua candidata. Prevalece o pensamento único nessa questão político-eleitoral.

As matérias sobre avanços econômicos e conquista sociais sempre apresentam senões e se há alguma virtude a exaltar ela é decorrente das bases montadas pelo governo FHC. Nas relações internacionais, focadas no espírito de cooperação e, portanto, marcando posição independente contrária à fustigação com ameaças bélicas, O Globo prefere ficar afinado com a velhíssima diplomacia Americana implantada pelo presidente Theodore Roosevelt no início do século XX - a do big stick - o grande porrete, corolário da Doutrina Monroe, que justificava a intervenção em qualquer país para garantir seus interesses. Como se vê, é essa diplomacia que ainda prevalece, do fale com suavidade e tenha à mão um grande porrete, ou seja, o poder de retaliar está disponível, caso seja necessário. Mas para esse jornal a nossa diplomacia é terceiromundista, uma diplomacia do B, por ser contra esse poder hegemônico centrado na ameaça das armas, que ameaça invadir países em desenvolvimento que não se dobram e desejam desenvolver energia nuclear, como o Irã e até mesmo o Brasil.

É em defesa desse capitalismo que O Globo se coloca para criticar o que chama de perigo de uma “República patrimonialista sindical”, de uma esquerda socializante inquietante, que levou o então presidente da Fiesp, Mário Amato, a ameaçar: -“Se Lula ganhar a eleição, no dia seguinte 700 mil empresários sairão do Brasil”. Mas bem antes dele, a lucidez de um Mário Henrique Simonsen chegou a dizer ao ditador Ernesto Geisel em 1974, ao ser conviodado para o Ministério dsa Fazenda e apontar razões da crise econômica: -“Se o senhor quiser moralizar o mercado de capitais, tem que transformar aquele pedaço da Praça 15 em presídio”.
E é bom lembrar que nossa história foi marcada até aqui pelo cartorialismo (grilagem), nepotismo, paroquialismo, fisiologismo, coronelismo, autoristarismo, neoliberalismo e outros ranços. Aos trancos e barrancos estamos começando um novo tempo. Que a elite continue visitando suas catedrais de consumismo extravangante e deixe o povão saber o que é mercado.

MISTO QUENTE

NA CONTRAMÃO: E o deputado federal Sylvio Lopes, hein? Depois da briga com o então governador Garotinho, prejudigando Macaé por oito anos, entra mais uma vez na contramão, apoiando candidato de fora e ainda se sentido capaz de tecer críticas indiretas ao governo Riverton Mussi. Comenta-se que ele, com bela casa em Búzios, sonha disputar a prefeitura de lá. Primeiro, vamos ver como anda seu prestígio político aqui.


EIKE BATISTA: Embora criticado algumas vezes pela sua ligação com o governo Lula, o ousado empresário pretende investir na construção de carros, elétrico e a combustível. O interessante que o lugar é Porto do Açu, Em São João dsa Barra, a 50 km de Macaé. Mais ainda, está atraindo a Techint, Argentina, para implantar uma siderúrgica também lá. Serão muitos empregos para nossa juventude.

Marcadores:

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

OBSERVANDO A NATUREZA

Acompanhando meus filhos Felipe e Guilherme, participei do I Workshop de Observação e Fotografia de Aves no município de Santa Maria Madalena, uma cidade cercada por montanhas e uma exuberante mata, razão do clima frio que nos obrigou a usar grossos cobertores na Pousada Verbicaro, do acolhedor casal Mário Vahia-Cristiane Verbicário, ele engenheiro que em outubro próximo vai visitar uma grande feira na China em busca de novidade interessante para ser introduzida na terra de Dercy Gonçalves.


Foi bastante animador ver jovens macaenses, com excelente formação profissional, dedicando parte de seu tempo à luta pela preservação do que ainda nos resta de natureza, como Marcos Felipe da Rocha Pinto, instrutor de observação de aves, e Rogério Peccioli, instrutor de fotografia, que já levantaram, fotografaram, identificaram e regisitraram muitas espécies de aves que enriquecem nossa fauna macaense.


Ganhei até um certificado desse workshop, que aconteceu entre os dias 3, 4 e 5 do corrente, atraindo até mesmo pessoas de outros estados, que ficaram encantadas com a diversidade e beleza de cor e canto de espécies ao visitarem o Parque do Desengano e propriedades privadas, onde se podia ver Jacu, inhabuguaçu e profusão de pequenas aves alcançadas pelas lunetas das máquinas fotográficas.


No site wikiAves, com conteúdo interativo, consta que em Macaé há 13 usuários, com cerca de de 352 espécies registradas e 911 fotos tiradas por Cláudia Barreto, Rômulo Campos, Marcos Felipe da Rocha Pinto, Rogério Peccioli, Rafael Silva, Paulo Tinoco, Lívio Campos, Paulo Noronha e observadores como Guilherme Barreto, Felipe Barreto, Fernando Barreto e Ricardo Meirelles.

MISTO QUENTE

O DESESPERO: As pesquisas mostram que a longa e tão enaltecida biografia de José Serra não produziu o efeito esperado no confronto com a inexperiência política da petista Dilma Rousseff, que a oposição a chama de caronista na altíssima popularidade do presidente Lula. Despencando nas pesquisas, veio o desespero e a alternativa de seguir as recomendações do contratado guru americano Ravi Singh, adotando agora uma estratégia mais agressiva, ainda sem sucesso, de responsabilizar a campanha de Dilma pela violação do sigilo fiscal de políticos do PSDB.

DEBATE: O ferino Plínio Arruda Samçpaio, do PSOL, criticou Dilma pela ausência no debate do Estadão mas atacou Serra, ao dizer que ele esconde a imagem de Fernando Henrique em sua campanha e, pior ainda, uou irregularmente foto de Lula em seu programa de televisão. Já Marina da Silva disse que Fernando Henrique, em seus oito anos de governo, investiu menos de 20% do necessário em Saúde.

ELOGIOS AO SUS: Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou relatório elogiando o sistema público de saúde brasileiro, dizendo que, até 1988, metade dos brasileiros não contava com nenhum tipo de cobertura. Mas duas décadas após a criação do SUS, mais de 75% da população depende exclusivamente dele. E o Programa Saúde da Família, que cobre 97 milhões de brasileiros, é visto pela OMS como a mais importante iniciativa para atender a população que vive no interior do país.

LIBERDADE: Garantido pela Constituição, o exercício do contraditório é saudável, vital para o processo de consolidação da democracia, e aí está a importância dos meios de comunicação de massa para disseminação dessa idéia e desse direito que, afinal, quando bem praticado, serve como garantia à liberdade individual em face do poder.

LIBERDADE II: Mas na campanha política o jornal O Globo e a revista Veja, repetindo o coronel e ex-ministro da ditadura Jarbas Passarinho, mandaram às favas o escrúpulo. Afrontam a liberdade de opinião e escancaram sua tendenciosa posição política em defesa do candidato José Serra. A força de seu poder e salários muito bem pagos, subvertem a ética e maculam o crédito de brilhantes intelectuais e jornalistas que, nestes tempos bicudos, sem o Jornal do Brasil, Correio da Manhã, Última Hora e Diário de Notícia, se submetem ao seu projeto direitista de sedução e dominação.

CASO PROCONSULT: Os eleitores mais jovens, apesar da internet à disposição, certamente não têm informações a respeito dessa empresa, associada a colaboradores do regime militar e responsável pela apuração de votos, que em 1982 tentou impedir a eleição de Brizola ao governo do Estado do Rio. Como na época a lei eleitoral obrigava o eleitor a votar num mesmo partido para governador, prefeito, deputado e vereador, o número de votos em branco e nulo foi expressivo. Esses votos branco e nulo eram transferido pela Proconsult para o adversário Moreira Franco. Só que o PDT fez apuração paralela através de empresa Sysin Sistemas e Serviços de Informática, acompanhada pelo Jornal do Brasil, descobrindo a tramoia, que teve a participação de Roberto Marinho, caso com repercussão internacional e amplamente denunciado pelos jornalistas Paulo Henrique Amorim, Eliaquim Araújo e Maria Helena Passos. Pois é, quem entende mesmo de falcatruas eleitorais não são os “aloprados” do PT.

Marcadores:

MISTO QUENTE

O DESESPERO: As pesquisas mostram que a longa e tão enaltecida biografia de José Serra não produziu o efeito esperado no confronto com a inexperiência política da petista Dilma Rousseff, que a oposição a chama de caronista na altíssima popularidade do presidente Lula. Despencando nas pesquisas, veio o desespero e a alternativa de seguir as recomendações do contratado guru americano Ravi Singh, adotando agora uma estratégia mais agressiva, ainda sem sucesso, de responsabilizar a campanha de Dilma pela violação do sigilo fiscal de políticos do PSDB.

DEBATE: O ferino Plínio Arruda Samçpaio, do PSOL, criticou Dilma pela ausência no debate do Estadão mas atacou Serra, ao dizer que ele esconde a imagem de Fernando Henrique em sua campanha e, pior ainda, uou irregularmente foto de Lula em seu programa de televisão. Já Marina da Silva disse que Fernando Henrique, em seus oito anos de governo, investiu menos de 20% do necessário em Saúde.
ELOGIOS AO SUS: Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou relatório elogiando o sistema público de saúde brasileiro, dizendo que, até 1988, metade dos brasileiros não contava com nenhum tipo de cobertura. Mas duas décadas após a criação do SUS, mais de 75% da população depende exclusivamente dele. E o Programa Saúde da Família, que cobre 97 milhões de brasileiros, é visto pela OMS como a mais importante iniciativa para atender a população que vive no interior do país.

LIBERDADE: Garantido pela Constituição, o exercício do contraditório é saudável, vital para o processo de consolidação da democracia, e aí está a importância dos meios de comunicação de massa para disseminação dessa idéia e desse direito que, afinal, quando bem praticado, serve como garantia à liberdade individual em face do poder.

LIBERDADE II: Mas na campanha política o jornal O Globo e a revista Veja, repetindo o coronel e ex-ministro da ditadura Jarbas Passarinho, mandaram às favas o escrúpulo. Afrontam a liberdade de opinião e escancaram sua tendenciosa posição política em defesa do candidato José Serra. A força de seu poder e salários muito bem pagos, subvertem a ética e maculam o crédito de brilhantes intelectuais e jornalistas que, nestes tempos bicudos, sem o Jornal do Brasil, Correio da Manhã, Última Hora e Diário de Notícia, se submetem ao seu projeto direitista de sedução e dominação.

CASO´PROCONSULT: Os eleitores mais jovens, apesar da internet à disposição, certamente não têm informações a respeito dessa empresa, associada a colaboradores do regime militar e responsável pela apuração de votos, que em 1982 tentou impedir a eleição de Brizola ao governo do Estado do Rio. Como na época a lei eleitoral obrigava o eleitor a votar num mesmo partido para governador, prefeito, deputado e vereador, o número de votos em branco e nulo foi expressivo. Esses votos branco e nulo eram transferido pela Proconsult para o adversário Moreira Franco. Só que o PDT fez apuração paralela através de empresa Sysin Sistemas e Serviços de Informática, acompanhada pelo Jornal do Brasil, descobrindo a tramoia, que teve a participação de Roberto Marinho, caso com repercussão internacional e amplamente denunciado pelos jornalistas Paulo Henrique Amorim, Eliaquim Araújo e Maria Helena Passos. Pois é, quem entende mesmo de falcatruas eleitorais não são os “aloprados” do PT.

Marcadores:

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

ZÉ – O SONHADOR AZARADO

Está feia a coisa para a oposição. Diante da popularidade de Lula, da firme postura de sua candidata Dilma Rousseff e do bom desempenho da economia nada dá certo para a campanha de Serra e seus marqueteiros. Inicialmente à frente nas pesquisas, Serra passava um raro e nobre estilo de se fazer política, com absoluta tranquilidade, cautela, paciência e comedimento na crítica, ou seja, um político que primava pela ética na condução de sua campanha. Bastou a candidata petista Dilma Rousseff subir nas pesquisas para se saber que não havia nenhuma nobreza, apenas uma jogada de marketing que agora exige reformulações, apelações e contundência na crítica, pedindo até a cassação da candidatura da concorrente pela quebra do sigilo fiscal da filha de Serra.

O slogan não é mais “O Brasil pode mais”, agora é “É hora da virada”, sugestão do consultor americano, Ravi Singh, contratado a peso de ouro pelo PSDB, que atuou na campanha de Juan Manuel Santos, eleito presidente da Colômbia. A insistente ideia de ser anunciado como o mais competente e com postura de estadista acabou tomando um novo rumo, de mais simplicidade, de um homem do povo, o “Zé Serra”. Não deu certo. No discurso, a promessa de criar 20 milhões de empregos até 2020 (dois mandatos e meio) e dobrar a distribuição do Bolsa Família, antes visto como populismo, é visto como um sonho delirante ou mesmo desespero. E veja que azarado: “Zé Serra”, para reforçar sua proposta de reduzir a carga tributária, combinou com Geraldo Alckmin de fazer um ato simbólico para a media em frente ao prédio da Associação Comercial de São Paulo, onde um enorme painel eletrônico, o Impostômetro, mostra a evolução de impostos que o povo paga ao governo. O momento deveria ser na hora em que o painel exibisse o recorde de R$ 800 bilhões arrecadados neste ano, para causar mais impacto. Só que um apagão frustrou a jogada e os dois resolveram tomar um cafezinho num bar próximo. Como não deu certo, aliados logo insinuaram que hackers petistas podem estar por trás, como no caso do vazamento do sigilo fiscal na Receita Federal.

Seu vice Indio da Costa não conseguiu ainda mostrar a que veio, limitado a disparar e-mails de baixo nível político para ver se pelo menos consegue desgastar a imagem de Dilma. Pragmáticos, como 99% dos políticos, muitos aliados começam, como ratos em navio à pique, a abandonar a campanha oposicionista.

Finalmente, para complicar ainda mais a campanha de “Zé Serra”, seu próprio companheiro no PSDB, Ronaldo Cezar Coelho, candidato a suplente de senador de Cesar Maia (DEM) parceiro, afirmou em palestra no comitê de campanha de Serra no Rio que foi ele (Ronaldo) quem apresentou o genérico ao tucano. Mais grave, foi ele também quem reuniu o pessoal da PUC para planejar o Plano Real: -“ O Fernando Henrique estava lá com cara de paisagem”.

Bem, fechando essa azarada campanha, recentemente as centrais sindicais desmentiram, através de manifesto, que “Zé Serra” seja o autor do Fundo de Amparo ao Trabalhador: - “O FAT foi criado pelo Projeto de Lei nº 991, de 1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-RS). Um ano depois, José Serra apresentou o Projeto nº 2.250/1989, que foi prejudicado pelo plenário da Câmara Federal, uma vez que o projeto de Uequedv já havia sido aprovado”.

MISTO QUENTE

HUMOR ESCRACHADO: Por decisão do STF, os humoristas estão agora livres para fazer suas gozações com os políticos. Dilma Rousseff e José Serra que tomem cuidado, porque a turma do Casseta & Planeta vem aí com o peso de sua irreverência com tendência ao escracho, bem diferente do humor dos americanos, mais sutis.


MÍNIMO 2011: Já está no orçamento do governo a correção do salário mínimo para R$ 538,15 em 2011. Mas certamente as centrais sindicais vão apelar para um aumento mais substancial.


ADEUS JB: ara alguns, agosto é um mês de maus presságios. Para os mais antigos, o suicídio do presidente Vargas em 24 de agosto de 1954 ficou marcado. Agora, o “Jornal do Brasil”, que registrou os principais fatos históricos do final do século retrasado (1891) e enfrentou duas longas ditaduras sem nunca se entregar, deixou de circular no dia 31 de agosto, afundado em grande dívida. Na semana que quem vou entrevistar o fotojornalista Armando Rozário, que tem uma interessante fato político sobre sua passagem nesse jornal.


EM RETIRADA: Do Vietnam, sairam com o rabo entre as pernas. Agora, o presidente Barack Obama, cumprindo promessa de campanha, começa a desfazer, com grande trauma, a besteira que o antecessor Bush fez ao invadir o Iraque. Depois do Iraque, a saída do Afeganistão, sem nenhuma vantagem a comemorar na luta contra o Talibã, é uma questão de não muito tempo.

Marcadores: