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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

FAZENDA – A ESPINHA DORSAL DA PREFEITURA

Especialista em direito tributário, o secretário municipal de Fazenda da Prefeitura de Macaé, Cássio Ferraz Tavares, é um jovem empenhado e comprometido até a medula com seu ideal de tornar o sistema de arrecadação o mais eficiente e justo possível, mas, além de turbulências no mercado e oscilações econômicas, depende de melhores relações internas entre algumas secretarias, que atuam, às vezes, em dissonância com a visão do todo.

Não foram poucas as mudanças que ele introduziu e que levaram o prefeito Riverton Mussi a Brasília receber uma certificação pela excelência alcançada no sistema de arrecadação pública. Contando com as facilidades da tecnologia da informação, tornou mais rápido e seguro o acesso dos contribuintes com o poder público, implantando o sistema online, como Nota Fiscal, ITBI, Alvará, ISS, emissão de certidões, consulta prévia e recadastramento imobiliário (geoprocessamento).

Como a cidade cresce e o número de imóveis é de apenas 60 mil para uma população em torno de 200 mil habitantes, ele acha necessário que se faça um recadastramento e que a Secretaria de Obras exerça uma fiscalização permanente em relação às obras que vão surgindo. O vereador João Sérgio chegou a dizer na tribuna da Câmara que ele paga apenas R$ 80,00 anuais de IPTU de um imóvel onde levantou um prédio, e que até hoje não conseguiu regularizar tal a dificuldade que encontrou. Se um vereador não conseguiu, imagine o cidadão comum.

Diz Cássio que a dívida ativa hoje chega a R$ 70 milhões, mas, como não dispõe da um cadastro confiável, se vê impedido de adotar medidas legais contra a inadimplência, temeroso de cometer alguma injustiça e complicar a vida de quem não deve. Como medida de efeito mais rápido, até que um novo cadastro seja feito, sugeriu ao prefeito a implantação de um Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC), compondo uma equipe de servidores bem treinados para, em contatos diários com as pessoas, via telefone, tentar convencê-las a regularizar suas situação, concedendo, se necessário, prazo flexível e até parcelamento dos débitos apurados. Acredita o secretário que 80% dos casos sejam resolvidos, inclusive com a depuração do cadastro.
Segundo ele, há muitos imóveis sem o “habite-se”, porque o proprietário deixou de apresentar o projeto de construção para aprovação da prefeitura, que dá um prazo de dois para sua execução. E aí, sem fiscalização no andamento da obra as irregularidades vão se acumulando, tornando o cadastro inconfiável.

É com orgulho que Cássio cita Macaé como a melhor arrecadação de ICMS do Estado, atrás apenas da cidade do Rio de Janeiro. Mas até 2004 (governo Sylvio), o equilíbrio orçamentário da prefeitura estava na dependência dos royalties do petróleo. Naquele ano, os recursos próprios eram de apenas 42,72 % e os royalties chegavam a 52,28 %. Em 2008 a variação crescente mostra uma arrecadação orçamentária que chegou a 127,85% de recursos próprios e os royalties ficaram em 71,90%. Hoje, dado de setembro, o total de receitas próprias arrecadadas passou dos R$ 408,3 milhões e a parcela dos royalties chegou a R$ 221,2 milhões. Embora já sinta sinais de que algumas empresas se deslocam daqui, atraídas por expressivos investimentos em outros municípios, ele exibe o resultado do esforço feito para injetar recursos, pegando o ano de 2004 e comparando com 2008:


PAPEL DA OPOSIÇÃO

Foi o título da coluna de Míriam Leitão no jornal O Globo de 27/10, terça-feira, onde expõe suas vísceras, o mau humor destilado pelo amargo de seu fígado afetado pela profunda indignação em relação à pusilânime postura oposicionista (DEM, PSDB).

Com visão conservadora, preconceituosa, unha e carne com as idéias de FHC, ela não conseguiu ainda assimilar esse fenômeno político-social que dá ao torneiro-mecânico da caatinga uma popularidade, em segundo mandato, jamais vista na história deste país.

Com evidente irritação, diz que todos os projetos e iniciativas do presidente Lula têm sempre falhas e interesse eleitoral envolvido que a oposição não consegue alcançar, protestar e expor publicamente com a devida autoridade e competência. E foi enumerando, sem poupar os governadores José Serra e Aécio Neves pelos vacilos: “o anúncio do pré-sal, montado como um palanque para a candidatura Dilma Rousseff”; “o caminho escolhido para favorecer a Petrobras e prejudicar investidores”; o Bolsa Família, que acusa de assistencialista; a transposição do Rio São Francisco, que não cumpriu exigências ambientais; o PAC das cidades históricas, alegando ser uma versão empobrecida de um projeto do governo passado (FHC); o atraso na restituição do Imposto de Renda; erros gerenciais e falta de controle no programa de avaliação do ensino médio; crítica ao plano de construção de dezenas de termoelétricas com combustível fóssil (gás); insinua que o setor elétrico vai se transformar em feudo familiar de um aliado etc.

Para ela, não há equívocos, nenhuma virtude ou capacidade administrativa nessas ações do governo, apenas falhas a execrar na tribuna e nos jornais. O Bolsa Escola nos oito anos de FHC é virtuoso, soa como uma sinfonia de Beethoven orquestrada pela experiência humanitária e libertadora dos neoliberais. Mas o Bolsa Família não é maldoso, peca pela burrice, pela manipulação eleitoreira, sem visão social, porque é assistencialista, sem abrir uma porta de saída.

Decepcionada, diz que Serra e Aécio estão travados, claudicantes diante da pujante popularidade de Lula, que às vezes, espertamente e usando geniais alegorias, ameaça execrá-los diante da opinião pública. Nesse aspecto ela tem razão, porque foi o movimento sindical, a luta em portas de fábricas e as negociações com os patrões que lhe deram experiência e percepção do outro, da maneira de agir do outro, surgindo, então, um líder plasmado sob a imagem de quem está ao lado do oprimido, de quem tem direitos subtraídos a se esforçar para reivindicá-los. E não adianta querer diminuir ou desgastar essa imagem do único “cara” com as mãos sujas de graxa, e não de corrupção, que deixou o mundo encantado pela simpatia, desprendimento, ousadia e sucesso em tornar um país com transparência democrática e entre as principais economias.

Bem, o problema é que Lula deixa a direita de calça arriada e afásica, sem voz, porque governa sem nenhuma restrição ao processo democrático, sem a ambição por um terceiro mandato, como muitos outros, e ainda conduz a economia com equilíbrio e avançando diante da crise mundial.

EM TEMPO

ÁGUA: A natureza brasileira, além de bela, é muito rica, apesar da mão pesada e inconsequente do homem com sua visão individualista. A preocupação, por exemplo, com a falta de água no mundo nos deixa mais tranqüilos se tomarmos os devidos cuidados ambientais e atentos às ameaças externas. Os caudalosos rios amazônicos e o Aquífero Guarany nos permitem pensar assim. Mas sem esquecer que a água doce representa apenas 1% das reservas mundiais. O resto é: 97% de água salgada e 2% de geleiras inacessíveis.

PLÁSTICO DE CANA: Outra riqueza que a tecnologia aplicada à natureza nos privilegia com resultado ecológico e econômico é o plástico obtido da cana, que ainda produz açúcar e etanol. Uma bactéria que se alimenta de açúcar acaba transformando o excedente do seu metabolismo em plástico biodegradável. Descartado, o bioplástico é degradado por microorganismo no solo em apenas um ano. Já o plástico de origem petroquímica leva cerca de 200 anos.

sábado, 24 de outubro de 2009

OPOSIÇÃO DE BAIXO NÍVEL

Lamentavelmente, sem nenhum projeto que marque a diferença daqueles a quem combate, lideranças oposicionistas persistem no jogo rasteiro, requentando assunto que alimenta a avidez da imprensa conservadora para tentar desmoralizar a ministra Dilma Rousseff. Como a doença da ministra não é mais assunto para exploração, o PSDB, com apoio do DEM e PPS, levanta novamente o caso da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, encaminhando pedido para que seja reconvocada e deponha na Comissão de Justiça. Aí, como lobos salivando diante de uma presa acuada, expor publicamente a ministra à humilhantes acusações e maldosas insinuações até estigmatizá-la, sob a pecha de mentirosa contumaz.

Ora, em seu primeiro depoimento a ex-secretária não foi convincente, não apresentou a agenda que, segundo ela, tem registro do encontro com a ministra. Agora, retorna dizendo que achou a agenda perdida, mas caiu em contradição ao afirmar que esteve à tarde em reunião com a ministra, justamente no dia e período em que ambas estavam ausentes de Brasília.

Já em relação ao pedido de abertura de impeachment contra a governadora Yeda Crusius (PSDB – RS) sobre desvio de recursos no Detran, essa mesma oposição conseguiu arquivá-lo, alegando inconsistência de prova.

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), esteve conversando com pobres moradores às margens do Rio São Francisco e de lá voltou dizendo que o governo Lula age como capitanias hereditárias do século XVI. Estava fazendo campanha política fora de seu Estado e seu partido se acha em condição de acionar o presidente e sua ministra no TSE, que foram a Pernambuco verificar o avanço da espetacular obra de transposição do Velho Chico, uma ideia que vem lá do Império para levar água ao sertão e que nenhum governo teve a ousadia de assumir e pô-la em execução.

Assim caminha essa pobre e raivosa mentalidade oposicionista, sem rumo, sem discurso e sem projeto, preocupada apenas em manter os privilégios que lhes restam, atropelada por um ex-metalúrgico sem o refinamento intelectual de seu líder FHC, mas com inteligência suficiente para conduzir o país à fronteira das grandes nações desenvolvidas, inclusive enaltecido por elas.

EM TEMPO

UM SORRISO APAGADO: Apesar da doença que lhe subtraía vigor, o ainda jovem empresário Ica (Jorge Luiz Gonçalves de Carvalho) não esmorecia e mantinha um sorriso bem aberto para todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo e com ele conviver. O expressivo número de pessoas que foram ao seu sepultamento reflete o quanto ele era amado. Sua maneira expansiva e bem humorada de se comunicar fica indelevelmente marcada. A dor da perda fica conosco.

GUTO GARCIA: Na próxima semana teremos aqui entrevista com este jovem professor da UFRJ, responsável pela reengenharia que modernizou o sistema de informática da Prefeitura de Macaé, abrindo janelas para que milhares de pessoas, em todos os níveis de escolaridade e idade, participem da dinâmica e complexidade do mundo moderno. Como se lança a um novo desafio, ele vai nos dizer por que assumiu a coragem de colocar seu nome ao crivo do julgamento dos companheiros do PT como candidato a presidente do diretório local.

TRANSPARÊNCIA À AMERICANA: Este foi o título da matéria do jornal O Globo sobre trabalho de pesquisa que seu repórter Demétrio Weber fez nos Estados Unidos. Agraciado com uma bolsa, passou três semanas no jornal “The Washington Post”, tendo como tarefa o levantamento das contradições do sistema de educação. Agora veja a dificuldade que encontrou, onde o conceito de transparência é levado a sério: -“A Secretaria de Educação de Washington me autorizou a visitar apenas uma escola, já em fase avançada de reestruturação. O pedido para conhecer outras, especialmente as piores, foi negado. Na tentativa de entrevistar pais de alunos, a funcionária encarregada da segurança logo avisou: entrevistas só do outro lado da rua”.

TRANSPARÊNCIA À AMERICANA II: No país das liberdades democráticas, essa é a transparência tanto elogiada pela imprensa brasileira. Eles escondem suas deficiências e mazelas, enquanto a grande imprensa daqui, talvez pelo complexo de vira-lata ou interesse político, tem prazer de divulgar, com destaque, por exemplo, a repercussão que se expande lá fora sobre nossos problemas, como a violência.

ENEM E ENAD: Em clima eleitoral, dá para sentir a pulga atrás da orelha. Muitos interesses em jogo, dá para desconfiar. Parece que estão querendo queimar a imagem do ministro Fernando Haddad e seu projeto de democratização do ensino no país. Depois do vazamento no Enem, agora a polícia intercepta carro na estrada com alguns pacotes de provas do Enad sem lacre. O motorista alegou que os pacotes sem lacre foram colocados de última hora. Tem dente de coelho nessa história.
COMUNISTA ARREPENDIDO: Roberto Freire, presidente do PPS, já não alimenta mais a utopia de levar a classe operária ao paraíso. O comunismo, para ele, foi um equívoco, perdeu sua essência revolucionária depois da derrocada da União Soviética, da queda do Muro de Berlim e da falta de liberdade em Cuba. Arrependido pelo tempo perdido, atrela-se hoje à direita, esvaziada como ele e distante do povo. Uma triste biografia.


RUMO AO MÉXICO: O prefeito Riverton Mussi (PMDB) e sua vice Marilena Garcia (PT) seguiram terça-feira 20 rumo ao México, acompanhados de outros membros do staff. Vamos aguardar o motivo e as boas novidades para o município.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DISSONÂNCIA ENTRE SECRETARIAS MUNICIPAIS

Tomando por base o que disse o vereador João Sérgio na tribuna da Câmara, está faltando ao prefeito Riverton Mussi (PMDB) um comando mais enérgico e disciplinado na condução da administração municipal em relação à forma de atuar de seu secretariado. Foi o que deu para apreender das observações do vereador logo após o secretário de Finanças, Cássio Tavares, ter ido lá falar sobre sua pasta.

Afirmou ele que cerca de 40% dos imóveis em Macaé não estão devidamente cadastrados para efeito de cobrança do IPTU. Chegou a citar seu próprio caso: -“eu tenho um terreno e pago apenas R$ 80,00 anualmente de IPTU, onde construí um prédio e continuo pagamento o mesmo valor. Tentei regularizar a situação e preferi deixar para lá, tal a dificuldade que encontrei”. Como se vê, a Secretaria de Finanças deixa de arrecadar expressivo volume de recursos porque a de Obras não tem seu cadastro de imóveis atualizado, e também porque, talvez por postura personalista, há “ruído” na comunicação e assim ninguém consegue trabalhar de forma harmônica.

Seria bom o prefeito dar a devida importância ao que expôs o vereador em tom de contribuição, porque não basta ser bem intencionado, é preciso pulso firme, faro intuitivo, larga visão, metas bem definidas e controle absoluto, sem perder jamais, entretanto, a ternura, como ensinou o revolucionário Guevara, ainda que com um fuzil nas mãos. Aliás, como diz a moderna administração, quem não consegue mensurar ou avaliar o que faz não sabe o que está fazendo. É evidente que o prefeito tem um objetivo traçado de olho no bem estar da população, mas talvez esteja faltando apenas conciliar os contrários e fazê-los entender que as metas precisam ser perseguidas por todos com alto nível de espírito público e profissionalismo. E isso pode ser resolvido em mesa de reunião, se possível mensalmente, como é praxe gerencial na vida das grandes empresas, onde as arestas são aparadas e as metas operacionais avaliadas para ajustamento e tomada de decisão.

EM TEMPO

CONTRA O ENEM: Como fizeram com o belo projeto dos Ciep`s de Darcy Ribeiro no governo Brizola, a elite e a mídia conservadora tentaram colocar a opinião pública contra a proposta do Ministério da Educação de democratização de acesso ao ensino superior através do Enem.

CONTRA O ENEM II: Se o jovem ministro Haddad tivesse deixado a cargo do governo a tarefa de impressão das provas, certamente a mídia neoliberal iria acusá-lo de postura estatizante e cobrar a abertura de licitação. Abriu, a empresa contratada falhou no controle e o peso da culpa caiu duramente sobre o MEC. O jornal O Globo chegou a fazer reportagem na Inglaterra e dar espaço na primeira página para uma dúzia de jovens moradores de Ipanema e Copacabana, que estudam em caríssimos colégios particulares, para tachar o MEC de incompetente. Para engrossar o caldo, as elitistas Usp e Unicamp, certamente apoiadas por donos de cursinhos, não querem fazer parte do novo sistema, alegando problema de data. Lamentável.

O FILHO DO BRASIL: Confesso, estou ansioso para ver na tela a produção de Bruno Barreto (Lula, o filho do Brasil), programada para janeiro, que conta a inspiradora história da família de paupérrimos retirantes nordestinos que, depois de muita luta pela sobrevivência em São Paulo, consegue ter um filho na presidência do País. É uma façanha que comove o mundo todo e que coloca o nosso país num elevado patamar de amadurecimento político. A oposição já está chiando com a exposição que Lula vai ter em nível nacional no período eleitoral, principalmente no norte e nordeste.

INCOMODOU: Certamente para a oposição, foi a escolha do Brasil como sede das Olimpíadas de 2016, superando a força de países como Estados Unidos, Japão, Alemanha, Espanha e Austrália. Alguns jornais daqui chegaram a tentar deslocar o foco de Lula para Pelé e o famoso escritor Paulo Coelho, mas o brilho de Lula não conseguiram ofuscar, porque a imprensa estrangeira reconhece a popularidade e o valor político de quem, sem nenhuma exibição acadêmica, está se impondo como um dos maiores governantes, mesmo diante da crise econômica que abalou o mundo.

LULA E A VALE: Tão logo o presidente Lula criticou a Vale do Rio Doce pela falta de empenho em gerar valor agregado à sua produção, limitando-se a exportar minério em pelotas, ampla publicidade começo a ser exibida no jornal O Globo sobre suas obras, que defendeu a privatização da empresa no governo Fernando Henrique (1997). Vendida a preço ínfimo em relação ao seu potencial e instalações, de US$ 8 bilhões ela pulou para US$ para 125 bilhões hoje.

LULA E A VALE II: Contrariado pelas milhares demissões no momento de crise, sem nenhuma comunicação ao governo, Lula agora quer que o presidente Roger Agneli seja mais ousado e invista no país e não se limite a exportar matéria-prima apenas, exaurindo nossas riquezas naturais. Aliás, eufórico com as crescentes exportações para o mercado asiático antes da crise, Agnelli não foi capaz de perceber a esperteza dos chineses, que foram acumulando suas reservas de ferro até que, com a chegada da crise, simplesmente pudesse peitar a imposição da Vale de aumentar o pereço da tonelada do minério, abrindo, então, mercado com a Austrália.

CANDIDATOS: O cenário político para as próximas eleições municipais está ainda confuso em Macaé. Aventa-se a hipótese de uma mudança, Sylvio vir candidato a estadual e o filho Glauco (ambos PSDB) a federal. O vereador Paulo Antunes (PMDB) programa sua volta à Assembléia. Guto Sardinha, que assumiu a presidência do diretório do PTB, quer chegar lá também, assim como o irmão do prefeito Riverton, Adriano Mussi, que está à frente do PDT. Mas um nome promete mais do que todos: o do grande médico Aluizio Santos, conforme o outdoor deixa em suspense:


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O SIONISMO POLÍTICO É UM PERIGO

Como antigos pensadores gregos no areópago, os sionistas estão antenados com o que acontece no mundo, preocupados com críticas que surgem em qualquer parte, principalmente através das ondas portadoras da comunicação virtual, que podem se alastrar e criar um sentimento de rejeição ao seu povo.

Enquanto movimento que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e a existência da pátria é louvável, mas como força que defende a submissão ou aniquilação dos palestinos por se acharem melhores do que os outros não passa de um intolerável chauvinismo. Aqui mesmo no site de O Rebate tenho visto alguns deles respondendo, com veemência e certa irritação, artigos de jornalistas que acusam o poder sionista entranhado no Estado de Israel de crimes contra os palestinos, um povo oprimido, até hoje sem direito de se organizar como nação. Uns mais radicais e violentos defendem a “solução final”, ou seja, a eliminação de mães palestinas grávidas para que não deem à luz um futuro terrorista. Para esses, jamais se cumprirá o que um dia foi profetizado: “O lobo viverá com o cordeiro, o leopardo se deitará com o bode, o bezerro, o leão e o novilho gordo pastarão juntos, e uma criança os guiará...”

Essa rixa é de alguns milênios, vem desde Abraão, o patriarca, e sua escrava Agar, que com ele teve o filho Ismael, separados por determinação de Javé, o Deus que um dia levou Abraão a provar sua fé ao ser desafiado a imolar seu único filho, Isaque, que teve com sua esposa Sara. De lá para cá, o povo israelense conheceu altos e baixos, ganhando e perdendo muitas guerras.
Um dia, o povo não quis mais o poder teocrático enviando ordens através dos profetas. Pediram um rei diante de si, como os demais povos, já que os profetas viviam recolhidos em suas reflexões espirituais. Valorizando a aparência, escolheram o belo Saul, que se destacava dos demais pela compleição física, inspirando seu espírito guerreiro, já que tinha como vizinho os temidos filisteus e seu principal guerreiro, o gigante Golias. Só que por causa da soberba, da consulta aos mortos (necromante) e da usurpação de poder que cabia ao profeta Samuel, entrou em decadência e desespero, a ponto de perder seu trono para o jovem Davi e se matar.

Quando se deixava envolver com práticas idólatras de seus inimigos, o castigo vinha de forma rigorosa. A desobediência foi a razão de sua diáspora, de serem escravos na Babilônia de Nabucodonosor II e dos 430 anos duramente trabalhando para o Faraó do Egito, até que Moisés consegue libertar seu povo e encaminhá-lo à terra prometida.

Ainda por causa da desobediência e do apego ao ritualismo e costumes tradicionais entranhados de hipocrisia, não entenderam a mensagem de Cristo, preferindo apoiar o Império Romano no julgamento do Mestre, até levá-lo ao sacrifício da cruz. Apesar dos milagres curando humildes e salvando vidas do pecado, foi encarado como inimigo da tradição pelos poderosos líderes religiosos, que seguiam a Torá estabelecida com o nascimento do Judaísmo no Monte Sinai. Em 70 d.C uma nova diáspora, quando os Romanos destroem Jerusalém e seu templo, somente voltando à “terra prometida” depois do Holocausto nazista, em 1948.

O Sionismo tem o espírito guerreiro de Saul, que segue suas próprias idéias, em desacordo com o Judaísmo, considerado o “povo escolhido” não para dominar pela violência, mas para conquistar e se impor pelo seu valor moral, seguindo a boa tradição prenhe de sentimento humano. Portanto, o sionismo rejeita Cristo porque ele não veio como um “Leão de Judá” para matar, nem como um general para fazer de Israel o mais poderoso do mundo. A humanidade e a humildade do Mestre não fazem parte do espírito bélico dos sionistas e seu racismo levado ao extremo. Enquanto estiverem em suas precações balançando a cabeça diante do Muro das Lamentações, mas com ódio no coração, seu mundo vai continuar em conflito e ameaçado. Além do Velho Testamento, há o testemunho das boas novas de Cristo para tornar o mundo melhor, uma lição de amor que precisam ainda aprender e praticar.

EM TEMPO

DO CONTRA: João Carlos de Luca se fez na Petrobras e por ela muito lutou, mas após ser atraído pela iniciativa privada (multinacional) pela competência técnica e por dispor de informações privilegiadas, agora fica contra a empresa, que deverá assumir, sozinha, a operação da exploração do pré-sal.

OUTRO CONTRA: Agora é o senador Tarso Jereissati (PSDB), que não concorda com a iniciativa do governo de capitalizar a Petrobras. Parece que esse pessoal gostaria de ver a empresa sem recursos e pedindo ajuda às multinacionais.

MAIS UM CONTRA: Desta vez é o escritor baiano e colunista de o Globo João Ubaldo Ribeiro destilando seu preconceito contra o presidente Lula. Diz ele em entrevista no mesmo jornal: -“Agora dizem que o Lula vai entrar para a História como um dos grandes presidentes do Brasil. Querem consagrar um presidente que não fez porra nenhuma”. Em seu último artigo, em 4/10, o baiano, criando a idéia de alguém que lhe cobra “a obrigação de descer o cacete nessa corja”, sugere um título “que seja fiel à situação do Brasil de hoje. Eu lhe ofereço um de graça. Que tal ´de bem a pior?` Ora, de um ganhador do “Prêmio Camões”, espera-se mais lucidez. Mas ele está n`O Globo e sabedoria não significa desenvolvimento intelectual.

ALÉM DOS LIMITES: Por questão de segurança e estratégia, governo militar estendeu de 12 para 200 milhas nosso limite marítimo. E estranhamente diretor da Petrobras, Guilherme Estrela, torna público que a área do pré-sal se estende além desse limite, chegando a deduzir, pasme, que sua exploração pode levar o país a ter que dividir a produção com áreas internacionais. Não seria isso assunto interno?

ALÉM DOS LIMITES II: Agora veja o que diz o comandante da IV Frota Naval dos Estados Unidos, desativada em 1950 e que voltou com a missão de monitorar o litoral de toda a América Latina: -“O conceito de ´consciência de domínio marítimo` tornou-se uma alta prioridade para os EUA. A IV Frota pode, a qualquer momento, requisitar qualquer tipo de embarcações que achar necessárias para uma determinada missão. Devemos ter a capacidade de impor controle local do mar onde quer que seja necessário, mesmo sem a concordância dos aliados, se formos obrigados a isso...”.

MAIS VALIA: Não basta sugar o suor, o capitalismo levado extremo quer também a alma. Assim deve entender a empresa France Télécom, que chegou a registrar 24 casos de suicídios de funcionários num período de 18 meses. O último, casado e pai de duas crianças, deixou bilhete no seu carro culpando a empresa por ter se jogado de uma ponte.